A direção golpista do Banco do Brasil, que havia determinado a volta ao trabalho presencial desde o dia 20 de setembro, daqueles que hoje se encontram em trabalho remoto, mesmo aqueles que ainda não se vacinaram ou completaram as duas doses da vacina, aumenta a ofensiva reacionária com ameaças aos seus funcionários, já que uma parcela minoritária aderiu ao retorno de forma “voluntária”.
Segundo o comunicado do banco, na época, a retomada do trabalho presencial será da forma opcional.
No período em que o banco lançou o comunicado, além de comunicar que a retomada do trabalho presencial, daqueles que não são do grupo de risco, mentiu ao afirmar que, “é uma decisão totalmente voluntária” e de que serão garantidas todas as medidas de segurança sanitária.
É preciso destacar que, nas organizações de luta dos trabalhadores, nacionalmente, choveu denúncias de que os chefetes de plantão do banco estariam pressionando os trabalhadores para que retornassem ao trabalho de forma “voluntária”.
Todo mundo sabe que a direção do banco sempre utiliza do expediente do voluntarismo para impor as suas determinações, vide os famigerados PDV’s (Plano de Demissão Voluntária), que de voluntário não têm nada, onde, os bancários elegíveis sofrem um verdadeiro terrorismo, perda da função, transferências compulsórias, etc., para que adiram ao plano.
Em relação à conversa fiada de “proteção sanitária”, basta verificar o que acontece nas agências bancárias que, continuaram funcionando normalmente desde o começo da pandemia. As agências sempre permaneceram lotadas, tanto dentro quanto fora, nunca foram disponibilizados teste de covid para os bancários e muito menos máscaras apropriadas, o distanciamento nunca foi respeitado, não é por um acaso que os casos de afastamento, por morte, na categoria teve um aumento de 200%, em comparação ao ano de 2020. Há denúncias que nos prédios da direção geral em Brasília, passando da catraca para dentro, o não uso de máscara é uma exigência.
Os banqueiros, os capitalistas e seus governos nunca tiveram como objetivo proteger os trabalhadores e a população do vírus e, sim o contrário: sacrificar o povo para salvar os lucros desses parasitas. Todas as medidas da burguesia sempre foram de “proteger” os capitalistas em detrimento dos direitos dos trabalhadores. E, agora não é diferente, tentam passar a impressão de certa normalidade, sendo que apenas 30% da população tomou a segunda dose da vacina e, para se chegar a tal “normalidade”, segundo dados científicos, o controle da disseminação do Covid-19 só se dará quando ao menos 70% da população estiver devidamente imunizada.
Isso sem falar que o país já convive com casos da variante delta do coronavírus, que é muito mais contagiosa e, segundo especialistas, já a partir deste mês de setembro haverá uma explosão de contaminação.
É preciso responder com um estrondoso NÃO à farsa de volta “voluntária” dos seus trabalhadores. Os banqueiros do Itaú também já anunciaram o retorno ao trabalho presencial mesmo para aqueles que possuam algum tipo de comorbidade, ou seja, os banqueiros já preparam o retorno de toda a categoria aos seus locais de trabalho, em que os trabalhadores serão, mais uma vez, vítimas desses genocidas que só tem uma preocupação: o lucro, nem que para isso sejam ceifadas as vidas de centenas de milhares de vidas.
Os Sindicatos dos trabalhadores de todo o País já preparam para o próximo dia 04 de novembro, manifestações em diversos locais de trabalho em protesto a mais esse ataque dos banqueiros e seus governos aos direitos da categoria bancária.
É preciso que os sindicatos organizem, imediatamente, uma gigantesca mobilização de toda a categoria bancária, para enfrentar mais esse ataque aos trabalhadores e dar um basta a política genocida dos banqueiros e seus governos.
