A categoria bancária, que tem a sua data base em setembro próximo, se encontra em plena campanha salarial na luta pelo atendimento das suas reivindicações, aprovadas no Conferência Nacional e nos Congressos específicos de cada banco.
Na negociação da mesa específica da Caixa Econômica Federal, que aconteceu na última quarta-feira (17), a direção da empresa apresentou propostas que aumenta a ofensiva reacionária dos patrões aos trabalhadores.
Querem eliminar direitos conquistados através de décadas de muitas lutas dos bancários.
Os representantes diretos do governo golpista Bolsonaro à frente da Caixa, pretendem acabar com o parcelamento do adiantamento de férias de 10 vezes, reduzindo para apenas 3 meses, querem por fim ao direito de descanso dos caixas executivos e avaliadores, ou seja, o intervalo de 10 minutos de descanso para cada 50 minutos de trabalho. Além disso, propõe que os trabalhadores passem a receber, não mais o vale refeição mensalmente, passando a ser diária e, em caso de licença médica, por exemplo, suspender o pagamento.
Este Diário vem, sistematicamente, noticiando que o golpe de Estado de 2016, dado pelos banqueiros, capitalistas nacionais e internacionais e pelo imperialismo, principalmente o norte americano, foi no sentido de aumentar a ofensiva contra os trabalhadores e a população em geral, para salvar meia dúzia de capitalistas em crise.
Na esteira dessa política, uma das questões fundamentais desses setores é a entrega das empresas estatais a preço de banana.
Nesse sentido, ao logo desse período a direção do banco vem realizando um processo de reestruturação com a readequação do quadro funcional de diversas dependências obrigando a diversos funcionários serem redirecionados para outras agências em outros municípios, sabe-se lá onde, não havendo vaga no seu local de origem e, estão sendo obrigados a ir para outras agências, se optarem a ficar a consequência é a perda automática das suas funções gratificadas. Além disso, no último período, como parte da política de privatização do governo, vem realizando diversos Planos de Demissão Voluntária, os famigerados PDV’s, onde foram jogados no olho da rua milhares de trabalhadores, o que ocasionou uma sobrecarga de trabalho aos demais funcionários. As subsidiárias do banco estão sendo vendidas, Seguridade, Loteria, Cartões, como forma de privatização pelas beiradas para, no momento seguinte, privatizar a empresa.
A Caixa Econômica Federal é um dos bancos mais importantes do País, responsável por programas sociais e de habitação. Vender o banco significaria acabar com programas e serviços como saneamento básico, financiamento estudantil (Fies), Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida. Ou seja, atingirá negativamente dezenas de milhões de brasileiros. É neste sentido que os golpistas iniciaram o processo pela Caixa Seguridade, estão procurando fatiar para a privatização.
A categoria bancária, nesta campanha salarial precisa dar uma resposta aos ataques dos banqueiros e da direita golpistas, que pretendem retirar os direitos e conquistas da categoria. Para isso, é mais que necessário que as direções do movimento chamem os trabalhadores a lutar através dos seus métodos tradicionais de mobilização e luta: assembleias massivas e presenciais, criação de comitês de luta em cada local de trabalho para organizar a greve da categoria, com piquetes, ocupações etc.
Somente a luta, nas ruas, poderá derrotar os banqueiros e seus governos de plantão.