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Presente para os capitalistas

Quebra do monopólio postal, novo passo para privatizar Correios

Diante do repúdio da população à liquidação dos Correios, governo Bolsonaro fatia a empresa para facilitar sua privatização

Em recente anúncio do governo golpista de Bolsonaro, o ministro das Comunicações, Fabio Faria, entregou projeto que permite a quebra do monopólio postal dos Correios e sua entrega para a iniciativa privada. Parte da ofensiva da burguesia para liquidar o patrimônio brasileiro, a iniciativa é um passo adiante na privatização de uma das estatais mais importantes do País.

O governo golpista de Bolsonaro quer entregar para os capitalistas uma empresa estratégica e altamente lucrativa

Isto porque o caráter estatal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) faz com que ela se baseie no atendimento universal. Ou seja, tenha uma função social: atender necessidades da população, garantir seus direitos, como o de enviar e receber cartas, independente de em qual dos 5.570 municípios ela esteja.

Já a lógica capitalista, expressa no projeto de privatização, faria com que a empresa passasse a atuar no atendimento exclusivo. Seria uma mera prestadora de serviços postais, baseada apenas no lucro. Desta forma, as pessoas não mais seriam tratadas como cidadãs, que têm direitos, mas apenas como clientes. As empresas capitalistas se concentrariam na operação nos grandes centros urbanos e abandonariam completamente as cidades mais distantes, sobretudo nos interiores e nas fronteiras.

Portanto, o atendimento universal do serviço postal necessita que o serviço seja um monopólio estatal, que compense os possíveis prejuízos da operação nos locais mais distantes com a alta lucratividade nos grandes centros. Isso faz com que os Correios sejam uma empresa presente na totalidade dos municípios do país, além de ser um braço importante do poder público para a distribuição de vacinas, livros de didáticos, entre outras necessidades do povo.

Logo, a quebra do monopólio postal acabará com tudo isso e terá implicações inevitáveis. A possibilidade de “concorrência” levará ao surgimento de um monopólio privado, que irá impor a lógica capitalista, do lucro acima dos direitos e necessidades da população.

Além disso, considerando que uma das principais empresas interessadas na privatização dos Correios é a imperialista Amazon, uma das maiores empresas de varejo do mundo, fica escancarado de onde vem a pressão política e a campanha reacionária da entrega da ETC.

O objetivo principal desta ofensiva, portanto, é dar para os capitalistas toda a infraestrutura pública e altamente sofisticada dos Correios, construída ao longo de séculos pelos trabalhadores, para que os patrões multipliquem exponencialmente seus lucros.

Por isso a privatização dos correios é, há bastante tempo, um interesse dos grandes capitalistas estrangeiros e nacionais – de empresas que vão da Amazon ao Magazine Luiza – e se intensificou após o golpe de Estado de 2016, com a direita e a extrema direita fazendo campanha ativa pela liquidação da ECT.

No entanto, não é de hoje que os brasileiros conhecem os resultados da privatização – queda gigantesca da qualidade e aumento brutal de tarifas e preços ou mesmo extinção total de serviços., como as telecomunicações (e o monopólio privado criado: Oi, Claro, Tim, Vivo…), a energia elétrica, o transporte coletivo, entre tantos outros setores vítimas do neoliberalismo dos tucanos no governo FHC (PSDB) e agora da extrema direita bolsonarista, filhote da direita tradicional.

Daí a grande oposição da população à privatização, que impediu até o momento que os golpistas privatizassem a empresa de uma vez só, fazendo com que a burguesia tivesse que adotar o fatiamento da empresa para a privatização, entregando-a aos poucos. Foi assim com a questão da destruição do plano de saúde dos trabalhadores dos correios e por isso quebrar o monopólio postal é um passo adiante dos golpistas na tentativa de liquidar uma das principais estatais do país.

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