Os grandes capitalistas da rede varejista no Brasil, através Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) que, reúne associados empresas como a McDonld’s, Habib’s, Magazine Luiza, Marisa, Riachuelo, Kalunga, Carrefour, Calvin Klein. Leroy Merlin, Boticário, Avon, Centaruro, dentre outras, se reuniram para elaborar mensagem ao governo ilegítimo Bolsonaro.
A mensagem “solicita” (diga-se: exige) pressa para que o Ministério da Economia reedite imediatamente o “Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda” do ano passado, que hoje vem com um disfarce demagógica no nome de “Bem” (Benefício Emergencial), que tem como objetivo minimizar os impactos da crise da pandemia do coronavírus no bolso dos patrões, que permite as empresas cortem salários e jornada de trabalho, além de suspender contratos de trabalho.
A exigência dos grandes capitalistas, para a adoção do “Bem”, vai no sentido de se beneficiar, jogando nas costas dos trabalhadores, mais uma vez, o ônus da crise. A medida irá desfalcar os trabalhadores em até 70% dos seus vencimentos, ou seja, tanto os golpistas do governo e principalmente os grandes empresários e banqueiros querem matar os trabalhadores de fome.
A redução nos salários e a jornada de trabalho podem ser com os seguintes percentuais, 25%, 50% ou 70%. Os trabalhadores teriam direito ao auxílio desemprego na mesma proporção. Ou seja, o governo vai subsidiar a redução dos salários, com recursos públicos, financiando os capitalistas diante da crise.
Para exemplificar, conforme estudo da Central Única dos Trabalhadores (CUT), um trabalhador que ganha R$ 1.500,00 e tiver o contrato suspenso por até 60 dias, vai receber um benefício de R$ 1.200,00. Outro que ganha R$ 3.000,00 vai receber de benefício R$ 1.813,03. Quem ganha R$ 10.000,00 vai receber um benefício de R$ 1.813,00, ou seja, vai perder 80%”.
Em outro exemplo: os trabalhadores que recebam um salário de R$ 1.500,00 por exemplo, acabarão recebendo um valor abaixo da esmola do salário mínimo, conforme cálculos da Central, caso uma redução de jornada de trabalho de 70%, o salário será de R$ 840,00. As regras da medida, estipula em 60 dias o prazo de validade da suspensão do contrato de trabalho, porém, o desconto nos salários pode durar 90 dias, no entanto, deixa livre a situação da volta dos trabalhadores, oferecendo uma oportunidade para os patrões demitirem quando do final dos dois meses.
As exigências dos grandes capitalistas que visa aprofundar, ainda mais, as já precárias condições de vida da classe trabalhadora deve ser respondida através de uma reação enérgica por parte das organizações dos trabalhadores, principalmente da CUT, a única e verdadeira central sindical da classe operária brasileira, com condições de barrar a ofensiva reacionária da direita golpista.
Organizar um gigantesco ato do 1º de maio de luta dos trabalhadores, contra todas as medidas de ataques aos direitos e conquistas dos trabalhadores; pelo “Fora Bolsonaro e todos os golpistas” em todas as capitais brasileiras