Depois de determinar o retorno ao trabalho presencial de seus funcionários, que se encontram em trabalho remoto, a direção golpista do Banco do Brasil aumenta as ameaças aos trabalhadores para que retornem. Não houve praticamente adesão alguma ao retorno do trabalho presencial, pelo motivo óbvio de risco de morte, como este diário já havia noticiado.
Os trabalhadores bancários já estão esfolados de saber que o expediente do “voluntarismo”, utilizado pela direção do banco, sempre foi um artifício para mascarar o caráter autoritário das determinações da direção da empresa. Vide, por exemplo, as transferências compulsórias de funcionários para outras regiões, quando uma dependência diminui a dotação de funcionários, ou pelos critérios de descomissionamentos, que os chefetes de plantão escolhem entre os seus desafetos, na maioria das vezes políticos, ou aquele que tem ações na justiça contra o banco; ou mesmo com os famigerados Planos de Demissões “Voluntárias”, que de voluntário não tem nada, onde o funcionário elegível sofre um verdadeiro terror para aderir ao plano.
Agora, a direção do banco vem ameaçando os seus funcionários para retornem ao trabalho presencial. “O banco divulgou que foi feito um convite para os trabalhadores se voluntariarem. Porém, no dia a dia, descobrimos que há uma pressão dos gestores, inclusive com ameaças, para os trabalhadores voltarem, independente da sua vontade. Não vamos aceitar este tipo de atitude. Por isso, queremos abrir esta negociação. Estamos pré-dispostos à negociação, mas o banco também precisa querer negociar e não pensar tomar essas atitudes arbitrárias”, afirmou o coordenador da CEBB, João Fukunaga. (site Contraf/CUT 30/09/2021)
O Banco do Brasil também mente quando afirma que serão tomadas todas as medidas sanitárias para o retorno. É a mesma conversa fiada em relação ao retorno voluntário, basta verificar o que acontece nas agências bancárias que, continuaram funcionando normalmente desde o começo da pandemia. As agências sempre permaneceram lotadas, tanto dentro quanto fora, nunca foram disponibilizados teste de covid para os bancários e muito menos máscaras apropriadas, o distanciamento nunca foi respeitado. Não é por um acaso que os casos de afastamentos, por morte, na categoria tiveram um aumento de 200%, em comparação ao ano de 2020. Há denúncias que nos prédios da direção geral em Brasília, passando da catraca para dentro, o não uso de máscara é uma exigência.
As direções das organizações de luta dos trabalhadores devem organizar uma gigantesca mobilização e dizer um sonoro NÃO ao retorno ao trabalho presencial. Volta ao trabalho só depois que 70% de toda a população estiver devidamente imunizada!