O Banco do Amazonas (Basa) insiste em manter às demissões dos trabalhadores quadro de apoio, quando ignora, olimpicamente, os ofícios do Sindicato da categoria, que solicita esclarecimentos, jurídicos e técnos, sobre a tentativa dos banqueiros em jogar 145 pais de famílias no olho da rua.
Relembrando o acontecido: a direção golpista do Banco do Amazonas (Basa), em reunião de negociação, com os representantes dos trabalhadores, sobre saúde, que se realizou no dia 29 de setembro, afirmou que irá demitir todo o quadro de apoio do banco.
A decisão, conforme relatado pelos representantes do banco, é irreversível, o que acarretará a demissão de 145 pais de famílias.
Segundo os representantes na direção do banco do governo fascista Bolsonaro (o governo federal é o acionista majoritário do Basa), a decisão estaria fundamentada num suposto um “estudo” técnico e jurídico, já que o tal estudo foi feito em cima de um segmento da instituição que se encontra em processo de extinção e que a manutenção do quadro de apoio atrapalharia os novos planos de contratação de novos empregados.
Todas as medidas do governo golpista que estão sendo impostas contra os trabalhadores nos bancos estatais, como a diminuição dos postos de trabalho, por exemplo, é parte de uma política de transferência do patrimônio dos trabalhadores e da população, através das privatizações, para o bolso de um punhado de banqueiros e capitalistas privados.
Na verdade, o que está por trás da demissão em massa no Basa é enxugar o quadro funcional do banco como forma de preparar o caminho para a privatização.
Os grandes banqueiros nacionais e internacionais estão de olho no faturamento do banco que, em 2020 obteve um faturamento líquido de cerca de R$ 1,5 bilhões; os ativos da empresa totalizaram no ano de 2020 R$ 20,8 bilhões, além disso, os banqueiros abutres privados querem colocar as suas garras no total de ativos do Fundo Constitucional do Norte (FNO), que são administrados pelo Basa no valor de R$ 33,8 bilhões.
Os ataques desferidos às empresas estatais fazem parte de um dos fundamentos do golpe de Estado, financiado, principalmente, pelos banqueiros nacionais e internacionais; é a entrega do patrimônio nacional, além, é claro, de atacar os direitos dos trabalhadores para favorecer meia dúzia de capitalistas em detrimento às já deteriorada condições de vida da classe trabalhadora.
Em resposta a mais esse ataque aos trabalhadores, o Sindicato dos Bancários do Amazonas, conjuntamente com a Fetec-CUT Centro Norte, Contraf-CUT e a Associação dos empregados do Basa, realizaram, no dia 5 de outubro, em frente à Matriz do banco, um ato, dando início à campanha de luta contra as demissões.
Para barrar mais essa ofensiva reacionária dos banqueiros e seus governos é necessária aprofundar a luta e, a única forma para isso, é levantar uma ampla mobilização que unifique os bancários e todos trabalhadores contra o golpe e o imperialismo. Da mesma forma que vem acontecendo com o Banco Amazonas, em relação à sua privatização, é o que vem acontecendo com o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e os bancos públicos estaduais.
Sem barrar a política do golpe, todos os direitos conquistados pelos trabalhadores e a preservação do patrimônio nacional estão em risco. Por isso é preciso organizar a mobilização de toda a categoria bancária, junto com todos os trabalhadores, colocando nas ruas uma intensa mobilização pelo Fora Bolsonaro e todos os golpistas, Eleições Gerais, Lula presidente.