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Tentativa de golpe

Banqueiros voltam a carga em abrir bancos nos finais de semanas

Os representantes dos banqueiros no reacionário Congresso Nacional tentam, sub-repticiamente, aprovar projeto que acaba com uma conquista histórica dos bancários

Os banqueiros, através dos seus lacaios no reacionário Congresso Nacional, voltam a tentar implementar, com os famigerados Projetos de Lei, a tentativa de impor a abertura das agências bancárias nos finais de semana.

No último dia 24 de maio foi para a votação na Comissão de Defesa do Consumidor (CDC) da Câmara dos Deputados o substitutivo do deputado Eli Corrêa (União-SP) ao Projeto de Lei (PL) 1043 do deputado David Soares que autoriza o trabalho bancários nos finais de semana. Vale lembrar que o partido de Soares é vem diretamente da ditadura militar na década de 1960 sob o nome de Arena, depois se transformaram em “Democratas” (DEM) e, hoje, se escondendo na legenda “União Brasil”.

Conforme denúncias feitas pelas entidades de lutas da categoria bancária, esse setores da direita, como é de costume, tentaram armar um golpe:

“A tramitação foi feita sem alarde e em caráter terminativo, assim sendo, caso fosse aprovado iria direto para o Senado, sem passar nas demais comissões temáticas ou pelo plenário da Câmara. Mas o jogo foi descoberto e o PL foi retirado de pauta, pelo menos por agora. A proposta seria votada nesta quarta-feira”. (site BancariosRio 24/05/2022)

O Projeto, que já havia sido aprovado na Câmara dos Deputados e rejeitado no Senado, devido às mobilizações dos trabalhadores, voltou mais uma vez de forma sub-reptícia à votação. De maneira sorrateira, a burguesia realizou mais uma tentativa para aprová-lo.

É claro que, para os banqueiros e seus representantes no Parlamento, um projeto que ataca diretamente os direitos dos trabalhadores, cujo o objetivo é aumentar o lucro de um punhado de parasitas, tem que vir com um ar “democrático” de defesa da população.

Sempre é bom lembrar que a jornada de trabalho de 30 horas semanais, da categoria bancária, foi conquistada através de muita luta, inclusive ceifando a vida de 9 bancários, a 89 anos atrás, na vitoriosa greve de 63 dias, em 1933. Devido a uma intensa pressão, o Congresso Nacional, na época, foi obrigado a aprovar a Lei que garante a jornada de 30 horas. Foi uma verdadeira luta contra a extenuante jornada dos bancários que tem reflexos na grande incidência de adoecimento na categoria, algo que persiste até os dias de hoje.

A ideia dos banqueiros, com tal medida, é não aumentar os custos com as suas folhas de pagamento. Ou seja, contratar novos empregados e aumentar a exploração dos trabalhadores bancários, que hoje se encontram com uma tremenda sobrecarga de trabalho devido à falta de pessoal.

A abertura das agências nos finais de semana é mais uma investida dos banqueiros e dos seus representantes nos governos e no Parlamento contra a categoria, que vem com o nome pomposo de “defesa ao consumidor”. Um profundo ataque aos bancários que extingue um direito histórico da categoria, o qual deveria ser estendido para as demais categorias de trabalhadores.

A atitude dos deputados golpista no Congresso Nacional é mais um sinal de que os banqueiros estão a todo o vapor para aprovar mais esse ataque aos trabalhadores bancários e, também, aos trabalhadores de modo geral, pois se trata de uma conquista de extrema importância da luta de um setor da classe trabalhadora brasileira. Algo que afeta os operários do Brasil de conjunto.

A categoria bancária, no começo do mês de junho, já começa a preparar a sua campanha salarial deste ano. Já foram marcados os congressos específicos dos bancos e a Conferência Nacional dos bancários. Nesse sentido, é necessário organizar um forte movimento da categoria com o objetivo de barrar toda a ofensiva reacionária dos banqueiros e seus governos, que tenha como objetivo manter os seus direitos, duramente conquistados ao longo de mais de um século de lutas. Ademais, é preciso lutar pela pauta de reivindicações por novas conquistas de fundamental importância para os bancários na atual conjuntura de crise terminal do capitalismo, como por exemplo: estabilidade no emprego, escala móvel de salários, reajuste de todas as perdas salariais, contra as privatizações dos bancos públicos, não à terceirização etc.

Que os banqueiros e capitalistas arquem com a crise capitalista, da qual são os únicos e exclusivos responsáveis.

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