Na última sexta-feira (12), as organizações dos trabalhadores do Banco do Brasil, ativos e aposentados, realizaram o lançamento da campanha nacional “Contra o Desmonte do BB”. O lançamento ocorreu na página do Facebook da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) e de outras diversas organizações dos trabalhadores e contou com a participação de entidades dos movimentos sociais e sindicais, deputados e senadores.
Para a presidenta da Contraf, Juvandia Moreira, “o objetivo é juntar diversos segmentos da sociedade, lideranças políticas, comerciantes, produtores rurais, industriais e de todo o setor produtivo, com envolvimento da categoria e trabalhadores das demais estatais em defesa do Banco do Brasil, mostrando sua importância e necessidade para o país”. (site Contraf/CUT 12/03/2021)
Um dos fundamentos do golpe de Estado de 2016, que teve como consequência a eleição fraudada de Bolsonaro, é a entrega do patrimônio do povo brasileiro (a preço de banana), principalmente, para os países imperialistas, os capitalistas e banqueiros nacionais e internacionais.
No caso do Banco do Brasil, da mesma forma como vem acontecendo na Caixa Econômica Federal, Petrobras, Eletrobrás, Correios, Dataprev e demais empresas estatais, o caminho da sua privatização vem se intensificando de 2016 para cá. Conforme as medidas que a direção golpista do BB vêm adotando desde o golpe, a entrega desse imenso patrimônio do povo brasileiro se dará em um prazo muito curto caso não haja uma gigantesca mobilização da classe trabalhadora.
O banco adotou, desde o governo do golpista Michel Temer, através de uma reestruturação, uma política que visa enxugar a folha de pagamento da empresa. Isto resultou no fechamento de mais de mil agências e a demissão de cerca de 17 mil bancários, através dos famigerados Planos de Demissão “Voluntária” (PDVs) – que como todo mundo sabe, de voluntária não tem nada – descomissionamento, congelamento salarial, aumento dos serviços terceirizados, etc. Além disso o banco se desfez de importantes ativos ao vender subsidiárias, tais como o BI (Banco de Investimento), IBR Brasil (seguradora), Banco Votorantin, Neoenergia, e já anunciou a venda da BB DTVM e do BB Américas.
A ofensiva reacionária da direita contra os trabalhadores em geral e, em particular contra as empresas estatais, é gigantesca. Ela precisa ser respondida a altura através de grandes mobilizações e da organização dos milhares de trabalhadores em defesa das estatais. A política, quase exclusiva das direções sindicais dos bancários, de pressão aos parlamentares, lives, não é suficiente para barrar tal ofensiva.
Os trabalhadores, da Petrobras e da Dataprev, que hoje se encontram em greve, lutam justamente contra essa mesma política do governo golpista de Bolsonaro, de sucateamento das empresas com vistas à privatização. É necessário chamar imediatamente uma plenária nacional dos bancários do BB e assembleias regionais, que tenha como objetivo a unidade da luta daqueles setores que já se encontram mobilizados. O objetivo é organizar a greve dos bancários do BB para barrar os ataques aos direitos e conquistas da categoria e ao patrimônio do povo brasileiro.
Organizar a luta em torno da palavra de ordem que unifique os trabalhadores das empresas estatais e demais trabalhadores: Fora Bolsonaro e todos os Golpistas, Lula Presidente por um governo dos trabalhadores.