Os trabalhadores, na sua luta diária contra os patrões e o governo, se organizam através das greves, das ocupações, dos piquetes, para que sejam atendidas as suas reivindicações.
O método de luta dos trabalhadores é a ação direta contra os banqueiros.
Os trabalhadores devem lutar de todas as formas através de denúncias, de jornais, panfletos, para propagar a sua luta e ganhar o conjunto dos trabalhadores para ela.
A ação dos trabalhadores deve orientar-se no sentido da unidade geral da categoria e das demais categorias para a luta de classe contra a burguesia organizada no Estado, combatendo qualquer tentativa de fracionamento de luta, parte dos pelegos e burocratas que vêm nessa ação política o meio para derrotar a luta dos trabalhadores.
Assim, defendemos incondicionalmente a luta unificada dos bancário e, inclusive, as campanhas unificadas com outras categorias.
Nesse sentido, para que efetivamente a categoria bancária possa ter êxito na sua campanha salarial que se aproxima (setembro é o mês da data base da categoria bancária), é necessário que tenham um plano de lutas que unifique não só a categoria bancária, mas o conjunto dos explorados do País num só combate.
Para isso, na atual etapa, com os índices inflacionários nas alturas, não há como suportar um longo período sem reajuste. O reajuste deve ser automático, de acordo com o aumento do custo de vida (escala móvel de salários). Por um salário de ingresso, baseado nas pesquisas dos órgãos dos trabalhadores do salário mínimo vital, suficiente para sustentar em condições dignas os trabalhadores e suas famílias (que não pode ser menos do que R$ 7 mil).
Ademais, é preciso reivindicar a reposição integral das perdas salarias. Os bancários, assim como o conjunto dos trabalhadores, vêm sofrendo ataques constantes por parte da burguesia através de sucessivos planos, uma enorme redução de salários (do famigerado governo de FHC até os dias de hoje, as perdas salariais dos bancários passam dos 100%). Só a luta pode conquistar essa reposição.
Os banqueiros, através da política de terceirizações, fechamento de agências de dependências bancárias, estão eliminando dezenas de milhares de postos de trabalho bancário. Uma categoria que chegou a ter mais de 700 mil trabalhadores, hoje conta com um pouco mais de 430 mil. Para isso, é preciso lutar pela estabilidade no emprego.
Contra a entrega do patrimônio do povo brasileiro, lutar contra as privatizações. Os banqueiros e seus governos implementam uma política de privatização pelas beiradas, entregando, no primeiro momento, as subsidiárias dos bancos públicos, como vem acontecendo no Banco do Brasil e na Caixa Econômica. Os poucos bancos regionais que sobraram na era privatista de FHC, e os bancos de fomento como BASA e BNB, estão passando pelo mesmo processo.
É por isso, e por muito mais, que a categoria bancária não deve depositar nenhuma ilusão nas intermináveis mesas de negociações, sem que haja uma verdadeira mobilização da classe trabalhadora para arrancar as suas reivindicações e pela manutenção dos seus direitos, conquistados através de um século de lutas.