Depois que a direção golpista do Banco do Brasil determinou a volta ao trabalho presencial, mesmos aqueles funcionários que fazem parte do grupo de risco, o Sindicato dos Bancários de Brasília convocou a sua base para uma plenária, com o objetivo de organizar os trabalhadores para dar uma resposta contra a determinação do banco que, inevitavelmente, irá aumentar o número de infectados e de morte da categoria.
No Brasil, os números são assustadores, conta com mais de 22 milhões de pessoas com casos de contaminação e mais de 614 mil mortes, sendo que um pouco mais de 60% da população tomou a segunda dose da vacina. Em Brasília, a situação também é de calamidade pública, com mais de 518 mil casos de contaminação e 11 mil mortes. O número da população, na Capital Federal, com a imunização pela segunda dose chega a apenas 64%. Todo mundo sabe que, para ser ter uma certa tranquilidade, conforme dados científicos, precisaria que 80% da população estivesse totalmente imunizada.
Para os banqueiros e seus governos nada disso importa. Tanto é assim que não fizeram nada, desde o começo da pandemia. Ao contrário, o governo genocida e ilegítimo Bolsonaro, mas um legítimo capacho dos banqueiros nacionais e internacionais, determinou que o serviço bancário passasse a ser considerado como essencial, em consequência houve um aumento em 200% dos desligamentos por óbitos na categoria bancária.
O BB está convocando o retorno presencial dos seus funcionários sem oferecer minimamente um ambiente seguro para os trabalhadores. Reduziu o afastamento mínimo para 1 metro entre as posições de trabalho, não disponibiliza testagens, Equipamentos de Proteção Individual (EPI) de ponta, higienização frequente nas dependências, os ambientes são fechados sem ventilação, e não estão livres de aglomerações.
Em resposta a mais essa arbitrariedade, os bancários de Brasília deliberaram na plenária, que se realizou no dia 25 de novembro, fechar as agências bancárias, com o objetivo de forçar negociação coma a direção da empresa o retorno ao trabalho presencial, por mais contratações e melhores condições de trabalho. As direções sindicais devem ir além das atuais reinvindicações e responder com um vigoroso NÃO à política dos banqueiros de volta ao trabalho presencial. Volta, somente, quando mais de 80% de toda a população esteja com as duas doses da vacina e, além disso, depois de cumprida essa primeira etapa, exigir que todas as medidas de proteção sanitária sejam tomadas. Para isso, é preciso intensificar as mobilizações de toda a categoria bancária através de atos, paralisações, para enfrentar mais esse ataque aos trabalhadores.