Os trabalhadores bancários se defrontam com uma política levada pelos banqueiros e seu governo, que não tem limites no ataque às suas reivindicações e, logicamente, às suas condições de vida: mais baixo salário de toda história, demissão em massa, terceirização, transferências compulsórias, fechamento de agências, assédio moral, etc.
Por conta desse brutal ataque, o empobrecimento da categoria acontece de maneira vertiginosa. Hoje, se tornou praticamente impossível para o bancário fazer compra no supermercado que dê para o mês inteiro. O salário se transformou, quando muito, numa sobre vida, apenas para rolar as dívidas com agiotas oficiais ou não.
Por outro lado, os banqueiros abocanharam, somente no ano passado, nada menos do que R$ 132 bilhões de lucro líquido, além claro, de todo o tipo de maracutaia em benefício dos grandes capitalistas. Essa é a lógica da política de fome dos patrões e dos seus governos: tirar dos trabalhadores, que pouco ou nada tem, para favorecer esses sanguessugas do País.
Para piorar o que já está para lá de ruim, na última reunião de negociação da Campanha Salarial com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), realizada nessa segunda-feira (22), os banqueiros insistiram em impor mais arrocho salarial para os trabalhadores bancários, mantendo a proposta da semana passada, quando ofereceram um miserável reajuste de 5,89% (a inflação oficial passa dos 12%) e, também nem reajustar, pelo índice de inflação, os vales alimentações e refeição.
Nesse sentido, não há mais tempo a perder! Ou são os banqueiros ou são os bancários! Ou os trabalhadores reagem e derrotem a política de massacre dos banqueiros ou, se se calarem serão engolidos por eles.
Diante dessa situação só há um caminho a seguir, construir a greve por tempo indeterminado da categoria até que o atendimento da pauta de reivindicação dos trabalhadores.
Basta de miséria e de migalhas, os bancários querem o que é deles por direito. Passa ano, entra ano, é sempre a mesma coisa. A essência da política dos banqueiros, capitalistas e governo é sempre a mesma coisa. Penalizar os salários como responsáveis pela inflação e descarregar a conta do falido regime burguês nas costas dos trabalhadores. É a velha fórmula de sempre: confisco e arrocho salarial por um lado e aumento criminosos de preços por outro.
Os banqueiros não ofereceram nada para os bancários senão migalhas até agora. De outra forma, de nada valeram os inúteis e tortuosos “canais de negociação”.
Os banqueiros e seu governo nada têm a oferecer aos bancários que não seja uma carta de rendição…
Nesse sentido a resposta da categoria deve ser greve por tempo indeterminado, já.
Pela reposição integral das perdas salariais; nenhum rebaixamento; reposição mensal de acordo com a inflação; não às demissões; estabilidade no emprego; assembleias unificadas e presenciais para uma verdadeira discussão das tarefas que garantam a efetiva organização do movimento; comando de greve eleito em assembleia; piquetes massivos de greve.
Lutar é preciso, vencer é possível. Greve até a vitória.