Depois que os banqueiros determinaram o retorno ao trabalho presencial de toda a categoria, mesmo aqueles que fazem parte do grupo de risco, houve um aumento gigantesco de contaminação, pelo covid-19, nas dependências bancárias, reafirmando a política dos patrões e seus governos, de lucro a qualquer preço. Desde o começo da pandemia, quando foi determinado pelo ilegítimo governo Bolsonaro, que os bancos passassem a ser considerados como serviços essenciais, em consequência, o número de desligamento, por motivo de óbito, teve um aumento, na categoria bancária, em cerca de 200%.
Dados, preliminares, divulgados pelo Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, informa que subiu para 1.500 o número de bancários diagnosticados com o covid-19, na capital e em outros 16 municípios da região metropolitana, desde o começo deste mês. Além disso, 620 agências tiveram as suas portas fechadas devido à contaminação dos funcionários. Segundo informação da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em todo o país haviam 809 agências fechadas no dia 10 de janeiro, no dia 12 subiu para 818 e, no dia 14 havia caído para 641, o que dá para concluir, logicamente, que os números, em todo o país deve ser muito maior do que divulgado pelos banqueiros, já que, só em São Paulo a quantidade de agências fechadas é de mais de 600 agências.
Há relatos de denúncias dos trabalhadores que, os banqueiros, estão mandando voltar ao trabalho funcionários com suspeita de ter contraído a doença sem que se tenha ao menos o resultado do teste de covid.
Os números das infecções, nas dependências bancárias são realmente impressionantes e, tudo isso, é consequência da política reacionária da direita golpista que, na ânsia de manterem os seus privilégios, não medem esforço, mesmo que para isso centena de milhares de pessoas morram. Para os banqueiros, os trabalhadores são consideramos apenas como números, o que interessa mesmo é o lucro, está sendo assim desde o começo da pandemia. Não fizeram absolutamente nada para evitar a propagação nas agências bancárias, onde se aglomeram os clientes, dentro e fora das dependências, locais sem ventilação natural, não fornecem máscaras adequadas, sem distanciamento social, fornecem um alcoolzinho gel bem ralinho, etc. E agora, com o aumento exponencial da contaminação, nos bancos, tanto do covid-19, quanto dos casos de Influenza H3N2, se negam a reconhecer os casos e, em consequência evitam de tomar medidas sanitárias e de volta ao trabalho home office.
Os trabalhadores e suas organização não devem aceitar mais esse ataque à categoria. Enquanto os bancários estão morrendo e se contaminando à rodo, esses parasitas, do sistema financeiro, estão em suas mansões se deliciando dos prazeres da vida. É necessário organizar, imediatamente, uma mobilização de toda a categoria, através dos métodos tradicionais dos trabalhadores: greves, piquetes, ocupações, para barrar a política genocida dos banqueiros e seus governos.