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Trabalhadores ou a direita?

Ato da COMCAP mostra: o caminho é a mobilização do povo

Ato realizado pelos trabalhadores da COMCAP contou com grande participação popular

No último domingo (26), a greve dos operários da COMCAP, empresa responsável pela coleta de lixo, resíduos, roçagem, varrição e manutenção na cidade de Florianópolis, ganhou um novo capítulo e que deve ser fruto de análise. 

A manifestação tomou grandes proporções (para a cidade e a categoria), mobilizando algumas milhares de pessoas, entre trabalhadores e familiares de trabalhadores, partidos políticos de esquerda, movimentos populares e setores sindicais. Desde o início a greve foi radicalizada, com ocupação dos postos de trabalho, acendendo uma luz vermelha na burguesia. Afinal de contas, um setor operário fazendo greve com ocupação não é muito comum nos dias atuais e pode servir de exemplo em um país que virou um barril pronto para explodir. 

Na quarta-feira, os trabalhadores foram brutalmente reprimidos por tiros e spray de pimenta com a ação da Polícia Militar. A repressão ganhou repercussão nacional, as cenas dos trabalhadores feridos e a ação policial ficaram marcadas e, assim como ocorreu em junho de 2013 a mobilização ganhou força após este episódio. Um dia depois, em assembleia a adesão da categoria a greve saltou de cerca de 60% para 90%, reforçando a radicalização e o sentimento de enfrentamento visto no dia anterior.

A greve avançou, as assembleias acontecem diariamente, e no sábado a categoria decidiu convocar uma manifestação para o domingo. 

Em uma das maiores manifestações realizadas este ano, o ato da COMCAP superou o ato organizado pela Frente Fora Bolsonaro no dia 7 de setembro. Ou seja, apenas uma categoria com aproximadamente 1.400 operários foi capaz de mobilizar em 24 horas mais que uma organização formada por dezenas de organizações como partidos políticos, centrais sindicais, sindicatos e movimentos populares. O ato, animado do início ao fim, parou as ruas, atravessou a ponte Hercílio Luz sentido ilha de Santa Catarina, ao som da bateria Zumbi dos Palmares, que ficou reconhecida, desde o primeiro dia de greve como a bateria dos trabalhadores da COMCAP.

Representante dos trabalhadores Metalúrgicos de Joinville.

Representante dos trabalhadores dos CORREIOS de Santa Catarina

Representante do SINTE (Sindicato dos professores estaduais)

O ponto que devemos analisar é justamente esse. Como é que pode uma única categoria mobilizar mais que partidos políticos com milhares de filiados, centrais sindicais com muito dinheiro, sindicatos com categoria gigantescas e movimentos populares.

A resposta é simples, basta olhar as fotos que o leitor irá encontrar a resposta: a categoria decidiu jogar peso naqueles que realmente se importam com as condições de vida dos trabalhadores da população. No ato da COMCAP, não se via farofada que vê nos atos da esquerda, partidos burgueses como o PDT, REDE, PV e todos estes satélites do PSDB, sabotagem das direções contra a mobilização, disputa de egos, etc. O sentimento que pairava no ar era o da unidade dos trabalhadores contra a direita.

Cabe destacar que Gean Loreiro (DEM) é um dos prefeitos da dita “ala científica”, presidente do Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras, o Conectar, que possui 2.600 municípios brasileiros e 26 capitais. Ou seja, na questão da pandemia, busca fazer demagogia com a população e se opor a Bolsonaro, mas quando trata de reprimir os trabalhadores, faz inveja em qualquer fascista. Esses são os carrascos do povo que a esquerda quer convidar a participar da manifestação.

A diferença entre os atos da frente Fora Bolsonaro e da COMCAP é que no caso da COMCAP não tem abertura para demagogia tradicional dos partidos de direita. Nem mesmo o PDT ousou aparecer na manifestação quando todos sabem que este partido é a favor da privatizações.

Os acontecimentos expõem a contradição que existe entre os que estão no chão e os que estão nas nuvens. Os que estão nas nuvens não conseguem enxergar o sentimento dos que estão no chão e com isso estão levando todo o movimento para o precipício. É preciso apostar na população, para este dia 2 chamar assembleias da categorias em concentração ao ato, colocar ônibus nos bairros populares, e não permitir a participação dos inimigos do povo nas manifestações. É necessário levar as reivindicações dos trabalhadores ao ato, transformar os atos em uma tribuna dos interesses da população.

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