Tramita na justiça do trabalho ação civil pública, de autoria do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e pelo Ministério Público do Trabalho, referente à contratação de trabalhadores terceirizados de forma fraudulenta pelos golpista do banco imperialista espanhol, Santander.
Tanto o banco, quanto 43 empresas envolvidas, podem ser condenados a pagar cerca de R$ 100 milhões por intermediação fraudulenta de mão de obra.
A ação está baseada “no argumento da lei que prevê fraude da empresa na contratação de empregados terceirizados que trabalham no mesmo prédio, sob a mesma gestão, que executam as mesmas atividades e são cobrados da mesma forma”. (site spbancarios.com.br)
Para Vera Marchioni, diretora executiva do Sindicato de São Paulo e funcionária do Santander, “independente do resultado desta ação, o Santander encontrou formas de se adaptar à nova lei, e vem acelerando o processo de terceirização” (idem)
A nova lei, que trata a dirigente sindical, diz respeito à “reforma” trabalhista, aprovada no reacionário Congresso Nacional e ratificadas pelos golpistas do STF (Supremo Tribunal Federal), na era do famigerado governo do também golpista Michel Temer, que eliminou com os direitos e conquistas da classe trabalhadora, principalmente no que se trata da reforma da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) e aprovou a lei da terceirização, onde reza que todas as atividades de uma empresa podem ser executadas por trabalhadores terceirizados.
A terceirização no Banco Santander caminha a passos largos. Conforme denuncia da direção do Sindicato dos trabalhados bancários de São Paulo, “o banco já demitiu quase todos os bancários do Vila Santander e transferiu todas as atividades de call center de São Paulo e do Rio de Janeiro para uma empresa terceirizada no Rio Grande do Sul. E também criou a F1RST, uma empresa do mesmo conglomerado para a qual tem a intenção de transferir todos os bancários do Geração Digital 1 e do Geração Digital 2”. (Idem).
A política de terceirização não é nenhuma novidade da categoria bancária, e os banqueiros vêm se utilizando desse artifício para aumentar os seus lucros. O golpe de Estado de 2016, que teve como um dos principais financiadores os banqueiros nacionais e internacionais, foi dado justamente para aumentar a ofensiva reacionária contra a classe trabalhadora para beneficiar os grandes capitalistas.
Recentemente o Banco Carrefour, braço financeiro da rede Carrefour de supermercados, adotou a política de demissões dos seus funcionários efetivos e substituiu os mesmo por trabalhadores terceirizados. No Banco do Brasil, a sua direção firmou parceria com a iniciativa privada, em São Paulo, para abertura de agências com o quadro de funcionários totalmente terceirizados. O Banco Itaú/Unibanco, com a reestruturação pela qual passa a empresa, está jogando no olho da rua milhares de trabalhadores, principalmente nas áreas operacionais e substituindo por terceirizados.
Esses são apenas alguns exemplos, já que na quase totalidade dos bancos o processo de terceirização é o mesmo.
Os trabalhadores e suas organizações não devem aceitar a política que aprofunda os ataques dos banqueiros e seus governos. Somente uma luta unitária dos trabalhadores bancários com demais trabalhadores pode barrar a ofensiva dos golpistas e o golpe. Os sindicatos de luta da categoria bancária devem organizar imediatamente uma campanha contra as demissões e a política de terceirização.
Sempre é bom lembrar que os banqueiros nacionais e internacionais foram alguns dos grandes financiadores do golpe do impeachment no reacionário Congresso Nacional que derrubou a presidenta Dilma Rousseff através de um processo farsa das “pedalas fiscais”, e que culminou com a eleição mais fraudada que o país de todos os tempos onde se “elegeu” um presidente com características fascistas de ataque às organizações dos trabalhadores, aos trabalhadores e a população em geral para beneficiar banqueiros e capitalistas.