Os rodoviários de Aracajú estavam em greve desde o dia 2 de junho. Na última segunda-feira (06), a justiça ordenou a suspensão da greve, alegando que a greve feria a oferta de ônibus e autorizou o uso da força policial contra os piquetes da categoria. O sindicato, de forma errada, aceitou o recuo da greve. Porém, alguns trabalhadores, de forma correta, estavam impedindo a saída dos ônibus.
A cada dia que passa, estamos mergulhando em uma ditadura sobre o pretexto da defesa das instituições democráticas do Estado. Entretanto, presenciamos, na prática, a mordaça sendo colocada no povo trabalhador, provando que todo o aparelhamento do regime burguês vem no sentido de atacar os trabalhadores.
Temos aqui uma medida abusiva e ditatorial. Afinal, a Constituição Federal garante o direito de greve, mas, como está se tornando usual na justiça brasileira, os juízes criam leis para massacrar o povo e rasgam a lei máxima do País.
Fica cada vez mais claro que o que estamos vivendo se trata de uma ditadura. O pretexto de greve ilegal tem sido usado corriqueiramente nos últimos anos. Ou seja, é o regime burguês atacando um dos direitos mais fundamentais da classe operária, que é o direito à greve. Finalmente, são julgamentos arbitrários.
Na prática, uma das medidas que esses juízes têm aplicado para atacar as greves são multas diárias de cifras altas que ameaçam a extinção dos sindicatos, como foi o caso de Aracaju. Foi imposta uma multa diária de R$ 1.000,00 a todos aqueles que tentarem impedir a circulação dos veículos na cidade.
A greve, além de um direito histórico, é o único mecanismo efetivo de obtenção das reivindicações da classe operária. Nesse sentido, é preciso de uma medida de força contra tais determinações autoritárias da justiça. Os sindicatos liderados pela CUT e demais organizações dos trabalhadores devem realizar uma ampla campanha pelo livre direito à manifestação e à greve.
A justiça no Brasil está cada dia mais tirana, pois rasgaram todos os direitos dos trabalhadores em nome da agenda neoliberal de esmagamento do povo trabalhador. Os exemplos são muitos, como a perseguição ao presidente Lula, o Mensalão, a Lava Jato e, agora, as Fake News, além das inúmeras greves que são julgadas “abusivas”.
É uma medida fascista que deve ser ultrapassada pelos trabalhadores e suas organizações os quais, por sua vez, devem continuar e intensificar a sua greve. É preciso uma ampla campanha de luta contra a ditadura do judiciário sobre os demais poderes em nome de uma “democracia” do indivíduo. A democracia é, supostamente, o direito de todos. Greve, manifestação e liberdade de expressão são pilares fundamentais deste decadente regime que devem ser defendidos até às últimas consequências.
Somente a mobilização e a denúncia vai colocar em xeque essa política nefasta da ditadura do judiciário sobre a “cabeça” do trabalhador. Todo apoio a greve dos trabalhadores e pela retomada por suas reivindicações mais que legítimas.