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Manifesto dos banqueiros

A Febraban não é nem um pouquinho democrática

O manifesto da Fiesp endossado pela Febraban é o inverso de democracia, um aumenta da ditadura dos capitalistas contra os trabalhadores

Circulam por aí matérias assinadas por organizações dos trabalhadores bancários divulgando que a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) “assina manifesto em defesa da democracia e BB e Caixa rompem com a instituição”.

Tais matérias mostram a total confusão política na qual se encontram.

Primeiramente é preciso ter bem claro que os banqueiros e seus representantes nos governos não têm nada de democráticos.

Basta ver a situação da categoria bancária, que vem sendo atacada violentamente com demissão em massa, mesmo com acordos firmados com os sindicatos em demitir enquanto durasse a pandemia do coronavírus, somente nesse período os banqueiros jogaram no olho da rua cerca de 35 mil bancários.

Além disso, os bancos estão realizando as tais reestruturações, que tem ocasionado fechamento de centenas de agências e dependências bancárias, o que vem gerando a perda de funções comissionadas de milhares de trabalhadores e a transferências de outros tantos, compulsoriamente, para outras cidades, transformando a vida dos bancários num verdadeiro caos. Isso sem falar nas perseguições daqueles que atuam no movimento sindical, que sempre foi uma constante por parte dos banqueiros.

Não podemos esquecer que os banqueiros foram um dos maiores financiadores do golpe de Estado de 2016, no processo fraudulento do impeachment no reacionário Congresso Nacional da presidenta Dilma Rousseff, da Operação Lava Jato que, culminou na prisão ilegal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deixando o caminho livre, nas eleições de 2018, para que Jair Bolsonaro se tornasse presidente da República.

A tal “democracia” dos banqueiros, que a imprensa da esquerda vem dando destaque, diz respeito ao manifesto “A Praça é dos Três Poderes” articulado pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) conjuntamente com representantes de vários setores, inclusive o financeiro, que gerou um desacordo com o governo Bolsonaro, que ameaçou retirar o BB e Caixa da Febraban.

As divergências entre setores da burguesia não têm nada a haver com a “democracia”.

Com o avanço da crise capitalistas nos últimos anos, que se agravou com a pandemia, aprofundou ainda mais as contradições econômicas e sociais, principalmente nos países atrasados com o Brasil. O que vem criando o aprofundamento das contradições políticas. Apesar de contarem com Bolsonaro como seu “plano B”, a direita nacional não gosta dele e de seu método nem um pouco. O fato de Jair Bolsonaro não ser um elemento “do clube”, faz com que o presidente ilegítimo implemente privatizações e outros ataques aos trabalhadores de maneira mais “homeopática”, tentando agradar a burguesia, mas, ao mesmo tempo, tentando manter sua base social. Basta ver a diferença em relação a Michel Temer, que em questão de poucos meses conseguiu demolir, com alguma facilidade, as reformas feitas pelos governos do PT.

Bolsonaro não era o candidato preferencial da burguesia de conjunto nas eleições de 2018. De fato, não era mesmo. Os capitalistas preferem lidar com figuras mais gelatinosas da direita como Geraldo Alckmin (PSDB), Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede), Rodrigo Maia (DEM), João Dória (PSDB), entre outros.

O militar capanga dos EUA, representa uma menor possibilidade de ”manobrar” a situação, já que ele possui todas as idiossincrasias e exageros de um bom reacionário de extrema-direita fascista. Não que os outros também não sejam, apenas sabem disfarçar melhor.

É nesse sentido que muitos setores da esquerda acabam se confundindo e fazendo a análise incorreta da situação política, que afirmam de que os meios de comunicação da burguesia, representados por setores como Globo, Folha de São Paulo, Veja e outros estão insatisfeitos com o governo por ele ser muito agressivo e extremista.

Na verdade, justamente é o contrário, estes setores gostariam que Bolsonaro levasse adiante um programa de privatizações e entrega total do país de forma muito mais violenta do que ele já vem fazendo.

Pode-se assim destacar, como forma de ilustrar este pensamento, uma matéria do dia 31 de julho, redigida pelo editorial de economia do Estadão, chamada Até talvez, até quem sabe em que a articulista trata de fazer duras críticas ao programa manso de Bolsonaro, cobrando mais comunicação do governo através do ministro Posto Ipiranga, o ”Chicago Boy” Paulo Guedes sobre os planos de desestatização.

Segundo a coluna, na lista de privatizações divulgada ”não há nada relevante a ser vendido até 2021 com exceção dos Correios ”. Mas também celebra no texto os ataques contra a Eletrobras, Caixa e Banco do Brasil, porém aparentemente ainda é pouco.

A articulista também cobrou do governo o trilhão prometido a ser arrecado com vendas estatais e vendas de imóveis. Afirmou ”o trilhão não existe”, mas ela omite ou esquece de que os bancos foram presenteados com o tal trilhão, bem no inicio da pandemia.

O artigo termina assim: ”Até hoje, este governo não vendeu uma estatal controlada pelo Tesouro, só subsidiárias e participações minoritários”. Ou seja, está pouco, a burguesia quer mais.

É preciso que a esquerda encare essas manifestações atentamente, pois ajudam a entender que não há como separar o joio do trigo na direita, são todos golpistas e comprometidos em se ajoelhar diante dos imperialistas.

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