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EUA

A classe operária acabou? Trabalhadores da Amazon criam sindicato

Criação de sindicato da Amazon no Alabama pode espalhar organizações operárias por todo os EUA

Ao contrário do que pregam setores da esquerda pequeno-burguesa, que argumentam que a classe operária não é mais uma força significativa na política mundial, ou até mesmo que a classe operária sequer existe, a realidade nos mostra que essa classe não só existe, como continua atuando, sendo o polo contrário da burguesia.

Prova disso é a mobilização que vem acontecendo em várias partes do mundo por parte dos trabalhadores da Amazon. Considerada por muitos como uma das piores empresas para se trabalhar, já que a qualidade de vida que os trabalhadores possuem é péssima e os salários são muitos baixos, a empresa está vendo nascer um movimento sindical por parte dos trabalhadores.

Nos Estados Unidos, na cidade de Bessemer, no Alabama, cerca de 6 mil trabalhadores da Amazon votaram na segunda-feira, dia 29, sobre a criação de um sindicato. A medida, caso venha a se confirmar com a contagem dos votos, é histórica, já que a empresa é a segunda maior empregadora dos EUA, com 800 mil trabalhadores, mas sem nenhum sindicato no país.

O sindicato será integrado ao sindicato Retail, Wholesale and Department Store Union (Sindicato do varejo, atacado e loja de departamentos, RWDSU), fundado em 1937.

A criação de um sindicato em Bessemer pode fazer com que se criem sindicatos dos trabalhadores da Amazon por todos os EUA e até mesmo fora do país, o que a empresa busca evitar de todas as maneiras.

Uma das formas pelas quais busca impedir os trabalhadores de se organizar, é promovendo uma rede de falsas contas no Twitter para que essas contas reproduzam mensagens positivas sobre a qualidade de trabalho em suas instalações.

A tentativa de desmentir os trabalhadores de Bessemer se contrasta com os relatos dos próprios operários, que dizem que, além de receberem cerca de U$ 2,00 do que o restante da categoria na região, têm de urinar em garrafas para que não percam dinheiro ao ir ao banheiro. Outros relatos contam que os trabalhadoras têm de comer muito rápido, pois o local de refeição é longe do local de trabalho, o que faz com que muitos se atrasem ao voltar, tendo suas horas descontadas mesmo quando o atraso é de apenas 1 minuto.

Até mesmo os trabalhadores que traem o movimento operário e se alinham aos patrões, acabam por confirmar as condições desumanas que os operários enfrentam na Amazon. Prova disso é o depoimento dado por Dawn Hoag, gerente de qualidade de depósito, veiculado pelo Correio Braziliense. Ela diz que se sente contente, pois as condições de trabalho são tão pesadas que ela acabou por perder 50 quilos após começar a trabalhar na empresa, o que é confirmado por outros trabalhadores.

Junto aos trabalhadores dos EUA, operários da Amazon da Itália decretaram uma greve no final do mês de março. Outros trabalhadores, dessa vez na França, também se manifestaram e entraram em greve na França contra a empresa.

Analisando o caso específico da Amazon, podemos concluir que a formação de sindicatos e a realização de greves, assim como qualquer outro método de luta, é natural para a classe operária e começa a acontecer assim que os trabalhadores sentem a necessidade de se organizar. Por conta disso é que a própria burguesia divulga a falsa falência da classe operária, como meio de tentar criar métodos alternativos que não os ataquem.

Por conta disso, é claro que as chamadas “novas relações de trabalho” nada mais são do que maneiras que a burguesia encontrou para tentar enganar os trabalhadores. Porém, assim que é necessário, os trabalhadores se organizam e expõem a farsa.

No entanto, fica claro que frente à gigantesca crise econômica, social e política que vivemos, a classe operária vai acabar por sair do refluxo mundial em que se encontra e conquistará novamente o posto da classe que servirá de coveira para a burguesia e o capitalismo.

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