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Rafael Dantas

Membro da Direção Nacional do PCO e diretor de redação do Jornal Causa Operária.

Exclusivo do Donbass

“Para o povo de Lugansk, independência é integração à Rússia”

Ministro das Relações Exteriores da República Popular de Lugansk concede entrevista ao Diário Causa Operária

─ Rafael Dantas e Eduardo Vasco, de Lugansk

Ontem (13) foi comemorado o Dia da Independência da República Popular de Lugansk (RPL). Há oito anos, em um referendo com a participação de 81% dos eleitores, a separação da Ucrânia obteve 96,2% de aprovação. Criou-se então um novo país, que somente recebeu algum reconhecimento internacional quando, em fevereiro deste ano, a Rússia anunciou que considera a RPL ─ bem como a República Popular de Donetsk (RPD) ─ como nações independentes.

Na praça central de Lugansk, é possível ver um pouco da destruição causada pela agressão ucraniana em 2014, motivo pelo qual os habitantes da região decidiram seguir o seu próprio caminho. Em frente ao prédio onde hoje funciona o governo da RPL, encontra-se um monumento dedicado a dois jornalistas do canal Rússia 1 que morreram atingidos pelos bombardeios ucranianos em Lugansk em 17 de junho de 2014 e outro em homenagem às pessoas mortas em 2 de junho naquela praça. Outro memorial, com os retratos de 130 pessoas, está instalado ao lado da entrada do edifício. “Foram os primeiros mortos da guerra”, diz o ministro das Relações Exteriores da RPL, Vladislav Deynego. “Morreram por nós e pelo nosso futuro”, completa Maria Sergybaeva, funcionária do ministério que auxiliou na tradução da entrevista. A sala ao lado da que o então deputado do conselho popular (a organização de tipo soviético formada na época da luta pela independência da Ucrânia) se encontrava foi atingida pelos estilhaços. Um amigo seu foi ferido.

Em 2014 muitos civis que lutaram para defender suas casas e famílias dos grupos nazistas que acabavam de tomar o poder em Kiev foram mortos em Lugansk.

Outdoor comemorativo do “Dia do nascimento da República” de Lugansk, 11 de junho

A equipe de Causa Operária teve uma longa conversa com Deynego. A seguir, um resumo da entrevista:

Qual era seu partido na época?

Não havia partidos naquela época, somente as pessoas da rua. E até agora não temos partidos. Apenas organizações sociais. As pessoas apresentavam suas candidaturas por conta própria e eram eleitas.

Movimentos sociais, trabalhadores, etc.?

E sindicatos.

Mas hoje o parlamento já é composto por partidos políticos, certo?

Não, nós não temos partidos políticos. Apenas organizações sociais ao invés de partidos. Os sindicatos não têm mais atividade no parlamento. Mas muitos sindicalistas fazem parte dessas organizações sociais com assento no parlamento.

E neste momento membros dos sindicatos são deputados?

Sim.

Quantos deputados há no parlamento?

Cinquenta.

Então os ministros e os deputados não pertencem a nenhum partido político?

Não. Podem haver pessoas ligadas a partidos políticos russos, mas neste momento os partidos russos não fazem parte do nosso sistema político.

Fachada do edifício onde funciona o Conselho Popular (narodnia soviet) de Lugansk, com as bandeiras da República Popular, da União Soviética e da Rússia

O que você pensa sobre o reconhecimento da RPL por outros países, como Síria e Venezuela? Há uma negociação sobre isso neste momento.

Nós conversamos sobre isso com eles, mas ainda não conseguimos chegar a um acordo.

A embaixada da RPL em Moscou será inaugurada em junho?

Eu não sei, talvez em maio.

E no Brasil? (risos)

Talvez (risos). Vocês poderiam ajudar.

Vamos fazer todos os nossos esforços para isso.

Vamos ficar felizes (Maria).

E os bombardeios ucranianos neste momento? Estão ocorrendo aqui por perto?

Eles estão ocorrendo a cerca de 15 km daqui.

Eles estão ocorrendo diariamente?

Sim, mas não aqui. Em Sieverodonetsk, Popasnaya, etc.

Há algum perigo aqui na cidade de Lugansk?

Não. A Ucrânia poderia bombardear a cidade, mas não está fazendo isso neste momento.

As pessoas aqui estão preocupadas com a possibilidade de bombardeio?

Não, aqui não.

É uma cidade pequena, quantos habitantes ela tem?

Cerca de 450 mil.

As ruas parecem vazias, há poucas pessoas. Hoje é um dia normal, ou é feriado?

É o Dia da Independência, mas o problema é que muitos homens neste momento estão lutando na linha de frente.

Quantas pessoas?

Talvez 40 ou 50 mil de toda a república, não sei.

A Maria: você trabalha para o ministério de relações exteriores há quanto tempo?

Há um ano.

Quantos membros há no governo?

Deynego: eu não sei.

Maria: depende, no nosso ministério há uns 25, 27. São 16 ministérios. Mas em breve o número vai aumentar, pois com o reconhecimento da Rússia irão aumentar as tarefas e as demandas de trabalho.

A Maria: Antes você fazia o quê?

Eu era estudante da Universidade Estatal de Lugansk, fazia Ciências Sociais.

Ela continua funcionando normalmente?

Sim.

Há muitas pessoas voltando da Rússia neste momento?

Não tenho certeza.

Você tem familiares na Rússia?

Sim, meu avô.

E na Ucrânia?

Não. Os outros familiares vivem aqui.

Sua família perdeu membros na guerra?

Não, mas as de amigos muito próximos sim. Talvez toda família tenha algum membro que morreu na guerra.

Voltando a Deynego: O que você pensa a respeito do papel da ONU nessa guerra desde 2014?

Essa é uma pergunta muito boa, mas é muito ampla.

A Cruz Vermelha e outras organizações internacionais enviaram algum tipo de ajuda para cá?

As organizações internacionais pararam de nos ajudar. Agora estamos aguardando. Há por exemplo os Médicos Sem Fronteira. Mas alegam que não podem ajudar porque não há como transferir dinheiro ou qualquer tipo de ajuda para cá.

Como tem sido a reconstrução de Lugansk após oito anos?

Ela só começou agora. Há uma grande ajuda da Rússia.

Se não fosse pela Rússia…

Maria: seria muito difícil.

Como é o apoio da Rússia?

Maria: Ajuda humanitária.

Ajuda econômica também?

Então nos mostram uma notícia publicada no canal do Telegram do Ministério: “Às vésperas do Dia da República de Lugansk, um comboio de ajuda humanitária saiu de Ufa. Os beneficiários da carga são da cidade de Krasny Luch, que tem muitas ligações históricas com a Basquíria. A carga inclui materiais de construção, alimentos, mais de 167 toneladas. Além disso, também uma policlínica móvel com quatro módulos com equipamentos médicos, cardiologia, pediatria e dentistas. Cerca de 3 toneladas de equipamentos médicos e remédios, 23 médicos e 17 enfermeiras e paramédicos. O Ministério das Relações Exteriores da República Popular de Lugansk expressa grande gratidão à República irmã por toda a assistência e apoio. Nos dias em que o Donbass liberta o seu povo do nazismo de Kiev, o apoio do povo irmão da Basquíria é especialmente valioso para nós”.

Esse tipo de ajuda vem todos os dias?

Não todos os dias, mas com muita frequência.

Sobre a economia de Lugansk. É claro que ela foi afetada pela guerra. Mas atualmente, as pessoas encontram emprego ou vivem de ajuda humanitária?

Sim, há trabalho. A maior parte da ajuda humanitária é enviada para os territórios liberados e para os combatentes.

O que você pensa a respeito da cobertura da imprensa internacional?

Ela é muito pouca. Episódica. Por exemplo, (do Brasil apenas) vocês vieram até aqui.

Os jornalistas ocidentais estão todos no Oeste da Ucrânia. Em Kiev, Lvov, e não aqui no Donbass, onde a guerra está acontecendo. E todo esse tempo foi assim? Sem jornalistas aqui para ouvir o que as pessoas têm a dizer? Só nós? Ou ou um ou outro?

Em 2014 havia muitos jornalistas aqui. Mas a informação que eles colhiam não era publicada. Havia inclusive equipes de TV do Brasil quando tomamos o controle do prédio da polícia ucraniana e os policiais tiveram de sair, mas isso não foi transmitido.

Isso é comum na imprensa ocidental. Eles filmam mas não publicam o que filmaram.

Sim. E naquela época havia um jornalista britânico aqui, ele ficou hospedado no prédio que hoje é a sede do governo. 

Você falou que a reconstrução de Lugansk acabou de começar. As reparações no prédio do governo são recentes?

Sim.

E sobre a cobertura geral da imprensa, você acha que há muitas distorções? A imprensa diz que a Rússia está cometendo um genocídio na Ucrânia mas não fala do genocídio no Donbass.

Em 2014, a cidade de Lugansk estava cercada pelas forças ucranianas, que haviam bloqueado o acesso ao cemitério. Fomos forçados a enterrar os mortos nos arredores da cidade, onde hoje é um memorial.

E a imprensa internacional não mostrou isso?

As câmeras chegaram a filmar, mas não encontrei nenhuma reportagem sobre isso.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, esteve em Kiev, esteve em Moscou, mas não aqui no Donbass. O que você pensa disso?

Em 2019 esteve aqui Stephen O’brien [subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários e Coordenação de Auxílio Emergencial] e conversou conosco. Visitou um vilarejo que foi destruído e a missão da ONU o reconstruiu. Havia muitos projetos aprovados pela ONU, mas todos eles foram paralisados após o início da operação especial da Rússia.

Alguma previsão de quando eles poderiam recomeçar?

Talvez em junho ou julho, mas eu não sei. Estamos aguardando. Eles dizem que não há como transferir os fundos ou carregamentos.

Lugansk está sofrendo com as sanções contra a Rússia?

Não há bloqueio na fronteira com a Rússia, mas não há demanda da economia russa pelos nossos produtos. Os empresários russos estão com medo de sanções.

Quais os principais produtos para exportação aqui?

Antes da guerra nós produzíamos muito carvão, metal, muitos tipos de produtos químicos. Indústria pesada, locomotivas.

Era uma parte importante da economia ucraniana?

Não só da Ucrânia, mas da União Soviética. Havia uma fábrica muito grande e famosa de locomotivas, chamada Revolução de Outubro.

E ela durou até depois da queda da URSS e só foi paralisada em 2014?

Sim. 

E agora a economia está paralisada?

Não completamente paralisada, mas na maior parte sim. Não há demanda pelas nossas locomotivas. Algo parecido ocorre com o metal e os produtos químicos.

Lugansk não produz seus próprios alimentos?

Sim, produzimos nosso próprio trigo e vamos começar a exportar.

Poderíamos dizer que existe uma crise humanitária na RPL?

Sim, existe. Muitos jovens vão para a Rússia, alguns para a Ucrânia. Ficaram as pessoas mais velhas. Mas nosso orçamento não é suficiente para pagar as aposentadorias.

Qual é o apoio do governo para essas pessoas?

Eles recebem a aposentadoria, mas uma quantidade de dinheiro vem da Rússia. Não é possível ter um nível normal de vida por aqui.

E as pessoas não conseguem viver apenas com o salário, precisam de ajuda do governo para completar a renda?

Antes do início da operação especial, havia a possibilidade de receber aposentadoria da Ucrânia. Com duas aposentadorias era possível viver. Mas nem todos recebiam. Era muito difícil receber a aposentadoria, era preciso ir ao lado ucraniano a cada dois meses porque o governo ucraniano exigia uma prova de vida dessas pessoas.

Há programas sociais do governo?

Há vários tipos de ajuda para as pessoas mais necessitadas, como as crianças e os idosos. São cerca de 20 programas sociais diferentes.

Que tipo de ajuda?

Transferência de renda.

Mesmo para aqueles que vão para a Ucrânia a cada dois meses?

Sim, mas algumas vezes é impossível. Havia apenas um ponto da fronteira onde se podia cruzar, e somente a pé. Só algumas categorias de pessoas poderiam receber carvão para usar no inverno.

O que você pensa sobre o papel dos EUA e dos países ocidentais nesta guerra, desde 2014?

A história dessa guerra é muito antiga. Em 2004 houve o primeiro Maidan.

A Revolução Laranja…

Sim. E naquele período as forças da Revolução Laranja eram financiadas pelos EUA. O Congresso dos EUA financiava fundos pelo “desenvolvimento da democracia” na Ucrânia, cerca de 5 bilhões de dólares.

Isso era feito através de ONGs?

As ONGs são um mecanismo, naquela época atuaram as ONGs de George Soros, a USAID, etc., muitas organizações que financiaram aquela “revolução”.

E durante o Maidan?

O segundo Maidan começou no final de 2013 sob a desculpa de um suposto ataque contra crianças, mas não eram crianças, eram homens de cerca de 30 anos de idade.

É possível dizer que o crescimento do fascismo ucraniano é uma continuação direta da Revolução Laranja de 2004?

Não apenas dela. Devemos olhar para o período da Grande Guerra Patriótica e os dez anos seguintes. Naquele período os nacionalistas ucranianos estavam em atividade e depois disso voltaram nos anos 90.

Com a queda da União Soviética…

Sim. E apareceram novamente em 2004.

Eles estavam em atividade na Revolução Laranja de 2004?

Eles tomaram parte, mas sem atividades agressivas. Foi depois disso que começaram a se tornar mais agressivos.

Vamos falar sobre você, ministro. Você é professor, não?

Não. Eu era especialista em TI.

Aqui em Lugansk?

Não, em uma cidade próxima, Alchevsk.

E durante a independência de Lugansk em 2014, qual foi o seu papel?

Eu estava aqui desde os primeiros dias da “Primavera Russa”.

E você tomou parte nos eventos?

Eu participei da tomada da sede da SBU (a polícia ucraniana). Nesse período houve a preparação para o referendo. Eu organizei o referendo em Alchevsk e antes havia trabalhado na organização de eleições na Ucrânia desde 1995.

Qual foi o resultado do referendo?

96% votaram pela independência. E 75% dos eleitores participaram. Havia na cédula a pergunta: “Você apoia a proposta do governo pela independência da República Popular de Lugansk?”. Não havia uma pergunta sobre a integração à Rússia, mas as pessoas interpretaram isso como um caminho para se integrar à Rússia.

Eles entendem que a independência é a integração com a Rússia?

Sim. Enquanto isso, na Ucrânia cerca de 56% dos eleitores apenas participaram das eleições. Foi um momento muito interessante. No período das eleições na Ucrânia, parte dos membros dos comitês eleitorais havia participado da Revolução Laranja, mas quando houve o referendo eles vieram para mim e disseram: “Devemos trabalhar no mesmo comitê”. Então eu perguntei: “Por quê? Nós temos visões diferentes”. Mas eles disseram: “Não. Nosso ponto de vista é um só. Naquelas eleições [de 2004], nós trabalhamos por dinheiro, mas agora devemos trabalhar porque nossa terra precisa de nós e nós vamos unir todos os comitês.”

E sobre o futuro? A RPL vai se integrar à Rússia?

Essa será a pergunta do próximo referendo. Só o povo pode decidir.

E quando você acha que isso vai acontecer? O que você acha que é preciso para finalizar a Operação Especial?

Eu não sei.

Mas a maior parte da RPL já está liberada. Você acha que é preciso acabar totalmente com a guerra para fazer isso?

Nós devemos resolver o problema da libertação do nosso território primeiro. Todo o território da República precisa ser liberado. E a Ucrânia precisa ser desnazificada.

Quanto porcento da RPL está liberada neste momento?

95%. Em termos territoriais, mas não populacionais. Sievierodonetsk, Lysychansk, parte de Rubizhne, Kreminaya ─ onde estão ocorrendo combates de rua… Mas nessas cidades vivem cerca de 200 mil pessoas.

São poucos territórios, mas com muita gente.

Sim.

E economicamente importantes, também?

Eram. Mas muitas fábricas foram destruídas.

Há uma ajuda mútua com Donetsk?

Sim.

Você disse que a independência é a integração com a Rússia. E isso vai acontecer também com Donetsk, ou seja, no Donbass como um todo?

Talvez.

Você disse que a linha de frente está a 15 quilômetros. Nós poderíamos chegar perto da linha de frente?

Vocês precisam de credenciamento civil e militar. Primeiro um credenciamento civil, depois um credenciamento na milícia popular.

Nós gostaríamos de entrevistar os milicianos e os militares da RPL.

A maioria deles está na linha de frente.

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