Vi, neste final de semana, alguns trechos de futebol americano. Sem querer, em um bar, estava transmitindo, em uma tela, um jogo de futebol americano, e, em outra um jogo (reprise) entre Flamengo e Fluminense. Alguns viam o jogo do Flamengo, ninguém via futebol americano. A maioria: de olho no forró.
Assisti (sem preconceito) ao certame norte-americano, e não conseguia me conter de raiva. Que esporte besta, uma simulação de touros malucos se debatendo em torno de uma bola estranha e troca de chifradas. As nossas vaquejadas e rodeios são bem mais divertidos, nesse sentido.
Já no Fla x Flu, em uma ou outra jogada de classe eu pensava: “Pelé já fez isso”. Parei, coloquei um vídeo dos craques das últimas décadas. Zico, Romário, Ronaldo, Bruxo, Neymar, enfim, em todas as imagens eu confirmava: Pelé havia feito tudo aquilo.
Vi mais um de centenas ou milhares de vídeos que existem do Pelé no Youtube, e notei mais classe que eu havia notado nestes anos todos que acompanho a carreira passada do Rei.
O homem alegrou uma nação inteira, e, vendo com calma, ele levou alegria ao povo pobre, mundialmente. Ele fez isso por meio do futebol.
Eu não conseguia ver nem a hora positiva, alegre, do futebol americano. E notei que isso nunca será um esporte popular, do mundo dos pobres. O futebol, como o brasileiro, já é e sempre será, e tem em Edson Arantes do Nascimento seu Rei. Engraçado é que “Rei” era uma alcunha de Pelé já em 1958… imaginem vocês.
Já em 1962, um determinado goleiro português disse: “cheguei na esperança de parar um grande homem, mas eu fui embora convencido de que eu tinha sido desfeito por alguém que não nasceu no mesmo planeta como o resto de nós.”
Por outro lado, o que me chama atenção é que alguns comentaristas e mesmos jogadores tentam se comparar ao Pelé. Ele é incomparável. Foi gênio e revolucionário naquilo que se propôs a fazer, no futebol, e, nesse sentido, sempre será; não tem como fazer muito mais nessa seara que já fez Pelé.
Levou alegria ao povo, uma luz de esperança, um negro que brilhava nos campos de futebol, para o mundo inteiro. Tem dia que tudo que quero fazer é trocar uma palavrinha com o Pelé, só isso.
Eu estou tentando os meios para conseguir uma entrevista, apenas para conhecê-lo pessoalmente, que fosse. Afinal, é o Rei do futebol, o rei do esporte do povo pobre. E eu vou conseguir, para a alegria dos leitores deste diário e da minha própria, este contato imediato de 3º grau.
Antes de terminar, deixo aqui uma matéria sobre o primeiro filme do Rei (até onde sei), filmado antes do Tri. Estreando, Dorval, Zito e outros: