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Henrique Áreas de Araujo

Militante do PCO, é membro do Comitê Central do partido. É coordenador do GARI (Grupo por Uma Arte Revolucionária e Independente) e vocalista da banda Revolução Permanente. Formado em Política pela Unicamp, participou do movimento estudantil. É trabalhador demitido político dos Correios e foi diretor da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios)

Greve e ocupação nos Correios

Barrar a privatização com os meios que forem necessários

Os trabalhadores não têm nada a perder diante do maior ataque contra a categoria

Por Henrique Áreas de Araujo

Na semana passada, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de privatização dos Correios. Agora, o projeto vai para o Senado, onde também deve ser aprovado, e será sancionado pelo golpista Jair Bolsonaro.

Esse é o caminho natural do projeto, já que os golpistas de conjunto estão concentrados em entregar essa riqueza nacional aos capitalistas. A única maneira de reverter esse caminho é através de uma mobilização dos trabalhadores.

Mas que tipo de mobilização é esse? Com certeza, uma luta convencional não será suficiente para frear a privatização.

É preciso dizer claramente para os trabalhadores que sem medidas radicais, a categoria será derrotada. Os sindicalistas dos Correios, que tardiamente estão organizando uma greve para a próxima semana, precisam dizer isso para os trabalhadores. Uma parte desses sindicalistas ainda aposta no lobby no Congresso nacional, como se não fosse óbvio que os picaretas do Senado também estejam preparando a privatização.

Não é hora para nenhuma ilusão. Nem no Congresso Nacional, nem nos partidos da burguesia, nem nos tribunais. Os partidos que se fingem de oposição a Bolsonaro, como o PSDB e o MDB, já mostraram que são os maiores defensores da privatização. Até mesmo partidos falsamente apresentados como de esquerda, tiveram deputados que votaram a favor do crime da privatização, como o PDT e o PSB.

A realidade é que os políticos bolsonaristas, do PSDB, do DEM, do MDB, do “centrão”, a imprensa golpista e os patrões estão organizados numa quadrilha de bandidos para entregar os Correios aos capitalistas, parasitas do povo.

Além da entrega da empresa, que por si só já é um crime, que vai resultar na piora dos serviços e aumento dos preços, a privatização será uma catástrofe para os trabalhadores.

Os direitos econômicos e políticos da categoria estão sendo extintos, os salários estão sendo rebaixados. Pior ainda, o projeto de privatização prevê que após 18 meses, os capitalistas estarão livres para demitirem os quase 100 mil trabalhadores.

Isso tudo mostra que o trabalhadores dos Correios não tem nada a perder. É preciso fazer uma greve nacional radicalizada, lançando mão de toda e qualquer medida que seja necessária para conter a privatização. É preciso fazer piquetes nos principais setores e ocupar a empresa.

Não há nada a perder! Está na hora de ir para cima dos golpistas! O dia 18 deve ser o marco de uma mobilização, que será a maior que a categoria já viu desde que o movimento sindical dos Correios teve início nos anos 80.

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