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18 de Agosto

Derrotar a sabotagem e ampliar a mobilização

É preciso um plano de lutas e um programa de defesa das reivindicações dos trabalhadores diante da crise

Em meio a uma sabotagem dos setores que defenderam a presença nos atos da esquerda dos golpistas do PSDB, o 18 de agosto, Dia Nacional de Lutas dos servidores contra a destruição dos serviços públicos, dos trabalhadores das estatais contra as privatizações e de todo o povo trabalhador brasileiro, por essas causas e pelo fora Bolsonaro e todos os golpistas, por vacina para todos e por auxílio emergencial de verdade, adquire uma importância ainda maior.

O “corpo mole” na convocação da parte de amplos setores da esquerda, que – mesmo depois da data ter sido aprovada no Movimento Nacional pelo Fora Bolsonaro – ocultaram a data, divulgaram outra etc. mostra o compromisso desses com os que – apoiam Bolsonaro nos seus ataques contra os trabalhadores e reforça a importante da luta por desenvolver uma tendência e necessidade dos explorados frente à situação política: a dos trabalhadores e de suas organizações de saírem à luta, contra o regime golpista e sua ofensiva, contra as condições de vida da imensa maioria do povo brasileiro e contra a economia nacional.

Os que não convocaram efetivamente a mobilização nessa data são os mesmo setores da esquerda e da burocracia sindical (das “centrais” pelegas), que defendem a política de frente ampla com os golpistas, ou seja, de colaboração e capitulação diante dos inimigos dos trabalhadores, como o PSDB, DEM e toda a direita, bem como setores do PSB e PDT, que colaboram com Bolsonaro na aprovação das “reformas” e ataques ao povo. Nessas condições, a mobilização foi impulsionada pela necessidade dos servidores públicos, trabalhadores das estatais e etc. de se oporem ao violentos ataques de toda a direita (bolsonarista e de “oposição”), o que levou à CUT, sindicatos de servidores e das estatais, bem como outras entidades, a proporem um mobilização nacional com greves e paralisações, quebrando um longo período de paralisia, no qual – por exemplo – os sindicatos permaneceram fechados (e muitos ainda permanecem) por mais de um ano.

Finalmente, essa tendência aponta também para o sentido oposto da política de derrotas que dominou a esquerda e todo o movimento operário no último período: de submeter a luta dos trabalhadores e suas necessidades às articulações no interior das instituições da burguesia, como o Congresso Nacional, que não garantiram uma única vitória dos explorados diante do regime, que levou aos maiores retrocessos nas condições de vida do povo brasileiro de todos os tempos.

Ainda que de de forma parcial e limitada – muito aquém do que é necessário para impor uma derrota à ofensiva da direita-, os protestos, greves e paralisações de servidores públicos, trabalhadores dos Correios etc. apontam no sentido de colocar em movimento a única força capaz de impor uma derrota real à direita: a mobilização dos trabalhadores, com suas próprias armas de luta, contra o governo ilegítimo de Bolsonaro e contra toda a direita.

Por isso, independentemente dos resultados práticos do dia 18, é preciso dar continuidade à essa mobilização e à luta pela sua ampliação e generalização. Por meio da multiplicação dos Comitês de Luta, da realização de assembleias presenciais massivas, plenárias e outros meios de organização que visem fortalecer a mobilização, por meio de uma intensa luta contra as tentativas de sepultar a mobilização, com a realização de “atos simbólicos” e não efetivos, o maior espaçamento das datas e, principalmente, a submissão da luta popular ao calendário e à política da direita golpista (defensora da “terceira via”) que não quer derrubar ou combater Bolsonaro, e nem se opor às “suas medidas”, mas apenas controlá-lo e forçá-lo a adotar ainda mais medidas contra o povo e a economia nacional.

Contra essa política de capitulação e derrotas, é preciso levantar, além de um plano de lutas, um programa de defesa das reivindicações dos trabalhadores diante da crise, que procure impulsionar a unidade na luta dos trabalhadores na luta contra a burguesia e seus governos por meio da greve geral, e de outros formas de enfrentamento com o regime golpista.

  • Derrotar a PEC 32, todas as medidas de destruição dos serviços públicos e de ataques ao funcionalismo dos governos Bolsonaro, Doria e de toda a direita;
  • Abaixo as privatizações dos Correios, Eletrobrás, CEF etc. Cancelamento de todas as privatizações realizadas;
  • Abaixo a “mini-reforma trabalhista” (MP 1045) e todas as medidas de maior escravização dos trabalhadores. Revogação de todas as “reformas” contra os trabalhadores adotadas a partir do golpe de Estado de 2016;
  • Redução da jornada de trabalho para o máximo de 35h horas semanais (7h por dia, 5 dias por semana); trabalhar menos para que todos trabalhem;
  • proibição das demissões e readmissão de todos os demitidos na pandemia; ocupação e controle dos trabalhadores sobre as empresas que demitem;
  • Reposição integral das perdas salariais; escala móvel dos salários, diante da escalada da inflação: aumento automático toda vez que o custo de vida do trabalhador subir 3%;
  • Salário mínimo vital suficiente para atender às necessidades do trabalhador e de sua família (que hoje não poderia ser de menos de R$6.500), deliberado pelas organizações operárias.
  • Auxílio emergencial de verdade de – pelo menos – um salário mínimo, enquanto durar a pandemia;
  • proibição dos despejos e desocupações no campo e na cidade;
  • Reforma Agrária com expropriação do latifúndio;
  • Fim do regime golpista: Fora Bolsonaro e todos os golpistas; eleições gerais com Lula candidato dos trabalhadores, por um governo dos trabalhadores da cidade e do campo.

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