A queixa, a qual acusa aos oficiais de detenções ilegais, uso de força excessiva e de restringir a liberdade de expressão, se emitiu depois de dias de muitas críticas contra Trump por sua decisão de enviar a esses agentes à cidade para deter os protestos que seguiram à morte do afronorteamericano George Floyd nas mãos da polícia, no final de maio.
O Governo sustentou que o deslocamento de efetivos do Departamento de Segurança Nacional tinha o propósito de proteger edifícios e monumentos federais, mas as autoridades locais se queixaram de que esses oficiais exacerbaram as tensões nas ruas ao prender sem causa provável, manifestantes e os transportá-los em carros sem identificação.
Apesar das condenações geradas pela situação em Portland e da rejeição expressada de antemão por servidores públicos de cidades importantes, Trump anunciou no dia 22 de julho que mandará centenas de federais para enfrentar um aumento da violência em outros lugares como Albuquerque, Chicago e Kansas City.
O envio de tais forças para ajudar às localidades a combater a criminalidade não é raro no país, mas provoca muita preocupação o caráter político que pode ter esta medida, sobretudo após o acontecido em Oregón, e de que o presidente remarcara seu interesse em dar esse passo em lugares onde há líderes democratas.
Servidores públicos de Albuquerque, Novo México, disseram que não tinham solicitado assistência federal e expressaram o temor de sofrer o mesmo destino que Portland.
‘Não há lugar para a polícia secreta de Trump em nossa cidade’, sustentou o prefeito de Albuquerque, Timothy Keller, que qualificou a ação de truque político.
Por sua vez, a prefeita de Chicago, Lori Lightfoot, disse que a cidade receberá o tipo de recursos federais com os que tem trabalhado no passado para ajudar a combater os delitos violentos, mas agregou que não permitirá um envio ao estilo de Portland, e acusou o presidente de tratar de desviar a atenção de sua liderança frustrada contra a pandemia da Covid-19.