Nessa semana o governo da Índia, encabeçado pelo primeiro-ministro de extrema-direita Narendra Modi, impôs um duro ataque à população do país asiático. Destruiu quase todos os poucos direitos trabalhistas da população indiana sob o pretexto, sempre o mesmo, de “alavancar a economia”.
O governo aproveitou-se da miséria do povo, que perde os seus empregos massivamente durante a crise do coronavírus, e o recrudescimento do regime político sob o pretexto do “isolamento social”, para fazer algo muito semelhante ao que houve no Brasil após o golpe de Estado de 2016. Que é nada menos que colocar em marcha uma destruição das condições de vida da população.
Principalmente destruindo a base de toda condição de vida do povo, que é bombardear seus direitos fundamentais. Na índia, Modi deixou apenas quatro das cláusulas trabalhistas, sendo duas delas a obrigação da classe patronal de depositar o salário dos trabalhadores e “proibindo a escravidão”.
A primeira se fosse rasgada seria uma convulsão generalizada, mas a segunda chama a atenção. Se um trabalhador, trabalha por salário irrisório, sob a exaustão da fome e de doenças múltiplas, subnutrido… como não taxar esse cidadão de um verdadeiro escravo que ganha uma esmola para não morrer de fome, de vez? Essa clausula de “proibir escravidão” não é um direito, com esse ataque, ela é um restolho de uma lei que é mais peça de propaganda que qualquer outra coisa.
O que se pode tirar de lição desse caso da Índia é de que não é uma estratégia apenas que serviu ao Brasil. O jugo neoliberal é internacional, a opressão desmedida de jogar todo o peso da crise econômica, em bancarrota total com a pandemia, nos ombros dos trabalhadores atinge todo globo terrestre. O ataque do imperialismo, que usa de governos capachos como o de Modi na Índia e o de Bolsonaro no Brasil, é em direção a toda classe operária mundial.
É necessário uma reação da classe operária mundial para combater a pandemia e a crise capitalista, contra a investida imperialista, em todos os países.