Da redação – Na tarde de ontem, mais de cem estudantes se reuniram em frente ao prédio do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) para protestar contra a extrema-direita. O ato, convocado inicialmente pela Associação dos Docentes da UFPE (ADUFEPE), contou também com a participação de vários professores.
As investidas da extrema-direita contra estudantes e professores da UFPE já vêm acontecendo desde 2016, quando foi dado o golpe de Estado contra a presidenta Dilma Rousseff. No ano passado, o principal articulador da extrema-direita na Universidade, Rodrigo Jungmann, mais conhecido como “Pinguim da Privataria”, sofreu uma grande derrota dos estudantes, em um evento que ficou conhecido como a “Batalha da UFPE”.
Após a prisão do ex-presidente Lula, que representou uma importante vitória parcial da direita, o “Pinguim da Privataria” voltou a atacar mais abertamente a esquerda. A revolta contra os ataques de Jungmann é tanta que os estudantes, mobilizados pelo Comitê de Luta Contra o Golpe da UFPE, chegaram a colar cartazes denunciando o caráter golpista e entreguista das investidas do suposto “professor”.
Mais recentemente, uma carta da extrema-direita contendo ameaças explícitas a estudantes e professores veio a público. Essa carta, que continha termos como “viado”, “comunista” e “petista”, foi o estopim para que a comunidade acadêmica realizasse um ato em protesto contra o avanço da extrema-direita na UFPE.
O ato de ontem foi importante para demonstrar a impopularidade da extrema-direita e a tendência à mobilização dos estudantes diante do aprofundamento do golpe. É preciso seguir adiante: fortalecer o Comitê de Luta Contra o Golpe da UFPE, organizar a autodefesa de estudantes e professores e desmascarar, nas ruas, a extrema-direita. Fora extrema-direita das universidades! Fora Bolsonaro!