Vivendo uma crise sem luz no fim do túnel após a ofensiva dos golpistas, o Brasil agora recebe conselhos da instituição que sempre trabalhou pela efetiva destruição das economias dos países atrasados, e que não dava as caras aqui já faz algum tempo: o FMI.
Um dos diretores da instituição, Alejandro Werner, participou e deu seus pitacos sobre a economia brasileira um evento organizado pela Fundação Getulio Vargas e a Câmara de Comércio Brasileira e Americana para discutir “os rumos do Brasil”, em Nova York.
Em total concordância com a agenda golpista, o FMI reiterou seu apoio a reforma da Previdência, defendeu uma maior “abertura econômica” e um novo sistema tributário. Ou seja, defendem abertamente o assalto ao bolso do trabalhador brasileiro, um domínio ainda maior dos monopólios imperialistas em nosso mercado e facilidades ainda maiores para os ricos pagarem ainda menos impostos.
As análises, apresentadas pela imprensa golpista como “técnicas e inovadoras”, são as mesmas que levaram a economia argentina ao fundo do poço. O país de nossos “hermanos”, governado pelo direitista Mauricio Macri, sofre com taxas de juros altíssimas e o dólar nas alturas. A situação é desesperadora e o governo Macri já pediu um pacote de “resgate” ao FMI de ao menos 30 bilhões de dólares.
Sem perspectiva nenhuma de melhora da situação, os abutres do FMI já arregaçam as mangas ao olhar para o Brasil. Pedem que as “reformas” golpistas sejam encaminhadas o mais rápido possível, argumentando que esse tipo de ação poderia acelerar a retomada da economia. Nada poderia ser mais falso. O interesse deles é apenas e tão somente o lucro exorbitante que será gerado através desse tipo de política, direto para o bolso de um grupo seleto de rentistas.
Isto serve como mais um alerta dos imperialistas para os países latino-americanos, ainda mais em meio a atual situação de turbulência golpista. Na visão deles, ou será posto em prática o plano neoliberal devastador do FMI e da burguesia imperialista, ou estaremos perdidos. É o tipo de loucura que só pode ser alvo de elogios pela imprensa golpista e subserviente aos interesses estrangeiros.