Quando começou o movimento golpista pelo Fora Dilma, uma das bandeiras de primeira ordem dos golpistas, era o da “reforma trabalhista”, ou seja, retirada de direitos dos trabalhadores, seguida pelo fim do imposto sindical.
Os golpistas, defendidos pelos “coxinhas”, que nunca foram sindicalizados em nenhum sindicato, diziam que o imposto sindical deveria ser extinto, pois os sindicatos não deveriam ser financiados por dinheiro público, e sim pelos trabalhadores que quisessem apoiar o sindicato.
A esta posição também se aliava a posição dos sindicalistas da esquerda pequeno burguesa, ao estilo do Psol e PSTU, que em grandes sindicatos, propunha devolver ao trabalhador o dinheiro do imposto sindical, alegando que com o fim do imposto sindical, os sindicatos patronais deixariam de existir.
Uma falta de senso total, já que os sindicatos patronais sempre vão ter algum tipo de financiamento paralelo para combater os trabalhadores.
Com a execução do golpe, e a derrubada do governo de Dilma Rousseff do PT, as medidas contra os trabalhadores foram aprovadas no corrupto e golpista Congresso Nacional brasileiro, como também a aprovação do fim do imposto sindical.
O resultado dessa política golpista de ataque aos sindicatos dos trabalhadores resultou em uma queda de 86% da receita dos sindicatos brasileiros, conforme reportagem do jornal golpista O Globo, do dia 04/11/2018.
Com essa queda brutal da receita, muitos sindicatos estão demitindo funcionários, fechando sedes sindicais, deixando de produzir materiais de propaganda e agitação nas bases de sua categoria, além de ficarem com o poder de fogo bem reduzido para realizar manifestações em defesa dos trabalhadores, contra os patrões e contra os golpistas.
No final das contas, o objetivo dos golpistas foi vitorioso, já que a falta do dinheiro vindo do imposto sindical enfraqueceu o movimento sindical de conjunto, uma política bem pensada pelos golpistas, pois os ataques que já foram desferidos aos trabalhadores e os que estão por vir pelo governo golpista e direitista Jair Bolsonaro, levarão os trabalhadores para um enfrentamento contra a direita nas ruas.
Para evitar a mobilização, a política dos golpistas é a destruição das organizações políticas da classe operária, a começar pelos seus sindicatos, que, sem dinheiro, estarão com mais dificuldades para organizar os trabalhadores, e em um segundo momento a criminalização dessas organizações, que se estende de sindicatos aos partidos políticos.
É por isso que a única maneira dos trabalhadores possuem para impedir novos ataques e reverter os já desferidos pelo golpe é organizar o movimentos populares, sindical e operário na luta contra o golpe e contra os golpistas. É necessário mobilizar-se imediatamente pelo Fora Bolsonaro e contra todos os golpistas.