A moeda brasileira, o real, registrou o pior desempenho no mundo em 2020, o fator determinante foi a subida desenfreada do dólar em 39,60% comparado ao dinheiro nacional.
Os golpistas de 2016 são os maiores responsáveis pelo desastre. Não há meta fiscal ou promessa de reforma tributaria que de conta de impedir que o dólar comercial para de subir.
Em setembro a moeda norte-americana teve uma alta de 2,46% perante o real brasileiro, que ficou cotado a R$ 5,6150 na compra e R$ 5,6160 na venda.
É possível comparar a moeda brasileira com outros países que passam por crises semelhantes à brasileira, ou seja, impulsionadas por governos de direita, como a Argentina, onde o dólar teve valorização de 27,25% contra o peso.
O rublo da Rússia, país não alinhado e alvo de bloqueios e sanções econômicas sistemáticas, registrou 25,17% de desvalorização perante o dólar. Já o rand sul-africano ficou em 19,59% e os pesos mexicano (16,77%) e colombiano (16,44%).
Sobre o caso brasileiro, a turba golpista que assaltou o poder em 2016 em comunhão com a criminosa operação Lava Jato levou o país a uma completa desindustrialização e a recessão econômica, agravada ainda mais pela incompetência do governo federal em gerir a crise sanitária da pandemia.
Sob o risco de um calote no curto prazo, o chamado risco fiscal, fornecedores e os especuladores do mercado financeiro já estão alertando seus pares para uma debandada em bloco do país caso este não faça as chamadas reformas essenciais, que na prática significa a retirada de mais direitos trabalhistas.
O Bank of America, para quem Paulo Guedes praticamente ofereceu o controle do Banco do Brasil, emitiu nota pedindo “cautela” com o real brasileiro e alertando para uma maior volatilidade no curto prazo.
Capitalistas do mercado financeiro, formado por especuladores da pior espécie, já pedem o fim do natimorto “Renda Cidadã”, o programa que iria destruir gradualmente o atual Bolsa Família. Os financistas querem o fim do programa imediatamente sem a sua substituição.
Tudo em nome do chamado teto de gastos públicos e da “responsabilidade fiscal”. Responsabilidade esta que significa repassar toda a arrecadação do Estado para pagar os juros dos bancos e deixar a população sem assistência social nenhuma, mantendo o Brasil como um país atrasado e subserviente aos países imperialistas.