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Queda de 30%

Real é corroído pela política golpista

Desvalorização do Real mostra fragilidades do governo

A moeda brasileira desvalorizou nesses meses mais do que nos últimos 20 anos. O Real tem caído neste ano mais que todas as moedas de países chamados “em desenvolvimento”. Perdeu 29% em relação ao dólar norte-americano. Muito mais que outras quedas importantes: México (-19% do peso mexicano), África do Sul (-22% do rand) e Rússia (-13% do rublo)

O valor de uma moeda varia em relação às outras em função de uma série de fatores. Se as trocas internacionais estão favoráveis (exporta mais do que importa) há uma pressão para que a moeda se valorize. Caso haja uma grande procura por uma determinada moeda, provocada pelo ingresso muito grande de recursos, atrás de oportunidades como juros elevados ou compra de ativos, a moeda também tende a ser valorizada. Esse é o processo econômico básico. Mas nessa fase dominada pelo capitalismo especulativo, do capital financeiro, que se descola da produção e dos negócios, vários outros fatores se somam para dar sentido aos movimentos no câmbio de moedas. A moeda brasileira já vinha se desvalorizando, antes da crise sanitária, por conta desses dois fatores básicos, exportação em queda e mercado de juros mais atrativo em outros países

No caso brasileiro, o que parece justificar uma queda superior ao dobro da observada na Rússia, de acordo com analistas de mercado de câmbio e financeiras, são dois elementos que estão se somando, para além dos problemas gerados pela pandemia do novo coronavírus. Há uma forte movimentação de recursos para outros mercados (saída de dólares) por causa de uma desconfiança sobre a estabilidade política brasileira. A isso se adiciona uma pressão política do capital financeiro para que as políticas neoliberais caminhem mais rapidamente. O que o imperialismo demonstra desejar, antes de tudo, é que as empresas nacionais sejam vendidas a preço de banana o mais rápido possível. Isso não acontecendo, o capital financeiro pressiona provocando a instabilidade no mercado de câmbio. “O banco Credit Suisse divulgou relatório em que classificou a moeda brasileira como “tóxica” e na lista das divisas de países fiscal ou politicamente expostos. A instituição projeta uma cotação de R$ 6,20 até o fim do ano” (Folha de S.Paulo, Destaque Notícias, 25/5/2020).

“Passar a boiada”

Corroborando essa pressão do capital financeiro, vemos as empresas de medição de risco aumentando o chamado “risco Brasil”, estratégia muito utilizada no passado recente para mostrar fragilidade do país. “O risco Brasil medido pelo CDS (Credit Default Swap) subiu 220% em 2020. Na média dos países emergentes, a alta foi de 77%”(O Tempo, 25/5/2020). Seguindo essa tática, analistas e a grande mídia nacional têm martelado seguidamente na tecla de que para melhorar a economia o Brasil precisa acelerar a privatização e desregulamentar as regras que criam alguma dificuldade para as empresas (meio ambiente, salários, fiscalização).

O governo federal tem aproveitado a pandemia e se utilizado dessas pressões do capital financeiro internacional para também pressionar o Congresso Nacional em favor dos projetos que estão tramitando para facilitar as privatizações e para justificar as recorrentes transferências de recursos para banqueiros e grandes empresários. Com o Congresso decidindo por meio de sessões virtuais e sem a possibilidade de pressão popular, nem as oposições têm agido de forma a barrar ou dificultar as medidas governamentais de caráter econômico, como foi o caso da Emenda Constitucional 10/2020 (que permitirá a compra de títulos podres dos bancos) e o Projeto de Lei Complementar (PLP) 459/2017, que trata da criação de novas empresas estatais para operar esquema financeiro, sob a falsa justificativa de ajudar a União, estados, municípios e Distrito Federal.

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