Esta segunda feira (21/06), as escolas privadas do ensino infantil reabriram no Distrito Federal. Nos meses de março e abril, as taxas de contaminações e mortes diárias eram menores do que nos dias de hoje e mesmo assim as escolas fecharam suas portas para garantir a vida dos estudantes e trabalhadores. O que mudou não foi a gravidade do coronavírus, mas sim a gravidade da crise capitalista, e portanto a disposição da burguesia de assassinar mais ainda o povo.
A campanha pela volta às aulas esta tomando proporções gigantescas internacionalmente, isso porque ela é a política defendida pelo setor mais forte do capitalismo, os bancos. No Brasil, apesar de se falar de volta às aulas pelo menos desde maio, agora a imprensa burguesa usa das piores artimanhas para tentar fazer o povo aceitar essa política genocida, sendo que, de acordo com a essa mesma imprensa, pelo menos 72% dos brasileiros são contra a volta às aulas antes da vacinação em massa da população.
Recentemente, começaram a aparecer matérias diariamente em quase todos os jornais defendendo a volta às aulas, alegando que isso não afetaria a pandemia, a sociedade de pediatria do Rio de Janeiro se vendeu a burguesia e soltou uma nota afirmando o mesmo. Por outro lado, entrevistas de crianças felizes com a volta às aulas começaram a aparecer e também foi lançada a campanha de “lugar de criança é na escola”, tendo até sido feitos atos de rua direitistas financiados pelas direções das escolas privadas.
O retorno inicialmente do setor privado se dá devido a crise econômica maior que este enfrenta, o número reduzido de alunos e principalmente porque este é o primeiro passo para reabrir a rede pública, que é o principal objetivo da burguesia. Assim a volta às aulas em escolas de elite com algum tipo de proteção ao Covid-19 será usada para reabrir as escolas públicas em sua maioria sucateadas que muitas vezes nem sequer água tem. Dezenas de milhões de alunos e centenas de milhares de professores serão diretamente afetados, se contar os familiares que moram com estes a reabertura ira deixar em risco a esmagadora maioria da população.
Frente a este ataque genocida da burguesia só nos resta a mobilização. É preciso paralisar toda a educação, realizar greves de estudantes e de professores para barrar o EAD, que é o segunda maior ataque a educação, e a volta às aulas. Os estudantes do DF, de Goiás e do Pará já estão em greve, os professores também paralisaram o trabalho em inúmeras cidades, em certas escolas as próprias famílias não mandaram os filhos para estudar. O povo é totalmente contra a política genocida da burguesia, é preciso se organizar uma greve nacional para que sua vontade prevaleça!