Diante da pressão dos capitalistas e, principalmente, dos banqueiros, a volta às aulas vêm se tornando realidade em todo o Brasil. Já foram autorizadas, em diversas escalas, o retorno às atividades presenciais em cidades como Manaus e São Luís, que foram pioneiras e, mais recentemente, Rio de Janeiro e São Paulo, duas das principais capitais econômicas do País.
No estado de São Paulo, 200 mil alunos retornaram às escolas estaduais na última quarta-feira (7), o equivalente a 5,71% do total de matriculados. Dentre as municipais, apenas uma das mais de 4 mil escolas decidiu retomar as aulas. As demais, devem decidir até esta sexta-feira (9). Há aqui uma verdadeira discrepância nos números entre escolas municipais e estaduais, explicitando o impasse a respeito da volta às aulas presencialmente.
O Secretário de Educação do Estado de São Paulo, Rossieli Soares, declarou estar “muito satisfeito” com a volta às aulas e defende que isso seria positivo para a saúde mental das crianças, se apoiando nas posições da Organização Mundial de Saúde. A posição dos funcionários da direita e de órgãos do imperialismo evidenciam que se trata de uma campanha mundial para promover esse verdadeiro genocídio a população.
Dado que o próprio sistema capitalista como um todo não tem como conter a crise da pandemia do coronavírus, só resta para a burguesia, inclusive a dos países desenvolvidos, salvar os bancos. E para isso, a única via possível é direcionar a crise econômica para os trabalhadores. Em dado recente, a OCDE prevê que o fechamento das escolas pode afetar até 1,5% no PIB mundial.
Há uma disputa política sendo travada no que diz respeito ao retorno das aulas. Os movimentos estudantis e os demais trabalhadores devem se mobilizar para combater diretamente a volta às aulas e enfrentar a direita que quer promover um massacre da população, diante da pandemia e do risco que o ambiente escolar representa.
Com a materialização da volta às aulas e com escolas efetivamente funcionando, deve-se propor todo tipo de piquete para impedir a reabertura. Os sindicatos de professores e as demais organizações tentam travar uma disputa no judiciário golpista para tentar impedir a volta às aulas. O mesmo judiciário que ataca a população todo o dia, que participou ativamente do golpe de estado 2016 e que prendeu Lula, abrindo caminho para a eleição fraudulenta de Bolsonaro.
A juventude, junto dos trabalhadores devem se apoiar na mobilização para derrotar a ofensiva da direita. A confiança nas instituições e em medidas jurídicas mostra a total desorientação da esquerda diante da situação política que estamos vivenciando. Diante de um golpe de estado e do fechamento do regime, só o povo na rua, promovendo greves em todo o País, pode impedir a volta às aulas e pavimentar um caminho para a derrubada do governo golpista de Jair Bolsonaro.