O direitista Roberto Freire, cacique-mor do que hoje se chama Cidadania — mas que também atendia pelo nome de PPS, após o próprio Roberto Freire sepultar o “partidão” —, veio a público acusar o PCO de querer “se aproveitar” do movimento Fora Bolsonaro. Disse o sábio Freire, após tuitar o vídeo que mostra os militantes do PCO escorraçando os bate-paus do PSDB para correr:
“Tais atitudes fascistas de uma esquerda atrasada e extremista demonstram que eles não querem o impeachment de Bolsonaro. Estão se aproveitando do Fora Bolsonaro apenas para afirmação das suas palavras de ordem. Objetivamente dividem a luta democrática e ajudam a Bolsonaro”.
É uma verdadeira piada, porque se aproveitar é o que Roberto Freire mais fez na sua vida. Entregou os restos do PCB para a burguesia, liquidando de vez o partido e transformando-o em PPS, um satélite do PSDB. Continuou vivo no regime político, elegendo-se repetidamente para o Congresso ao usar e abusar do dinheiro da burguesia para comprar seus espaço. Seguindo sua tradição de capacho, apoiou o golpe de 2016 e foi brindado com um cargo no governo Temer.
Mas a maior cara de pau de Roberto Freire tem a ver com o próprio Fora Bolsonaro. Freire, como todo político burguês, nunca defendeu a derrubada do governo. Somente no dia 19 de julho, mais de dois anos e meio depois da posse do presidente ilegítimo, Roberto Freire participou de um ato pedindo “Fora Bolsonaro”. E já na sua participação, estava claro que queria se aproveitar do movimento: foi de verde e amarelo, ditando que a esquerda deveria abandonar o vermelho e que deveria substituir o Fora Bolsonaro pelo impeachment. Esse é o verdadeiro oportunista.
Enquanto Freire passou dois anos e meios lambendo os pés de Bolsonaro e de todo o regime político, o PCO foi o primeiro partido a defender o Fora Bolsonaro, o primeiro a organizar atos pelo Fora Bolsonaro, o único que tem uma imprensa dedicada à campanha pelo Fora Bolsonaro e que esteve nas ruas, desde o início da pandemia, lutando pela derrubada do governo.