Os frigoríficos são considerados, no ramo industrial, um dos setores com maiores índices de acidentes e doenças do trabalho no Brasil.
Os valores referentes a indenizações pelo fato são caso raro, pois a Justiça nunca pende para o lado dos trabalhadores, perderem ações trabalhistas oriundas de acidentes e doenças relacionadas às condições de trabalho não afetam seus enormes lucros.
Os patrões, no entanto, culpam sempre os trabalhadores por suas próprias negligências, por falta de equipamentos de proteção e segurança, como o acidente que ocorreu no dia sete de março deste ano, na cidade de Eldorado, Mato Grosso do Sul, na Bello Frango, em que um jovem trabalhador veio a falecer, após ser moído pela máquina.
As explicações são as mais estapafúrdias possíveis e imagináveis.
Uma das empresas que se especializaram em dar tais explicações é a JBS/Friboi, assim como a Bello Frango, o grupo JBS/Friboi tem câmeras espalhadas por todos os cantos de seus frigoríficos, mas não é capaz de colocar uma proteção para evitar as incontáveis tragédias de trabalhadores triturados, tornando-se carne moída, igual à de frango, porco e boi, iguais àquelas adquiridas em açougues e mercados espalhados pelo Brasil.
No grupo JBS/Friboi, já ocorreu casos de trabalhadores triturados, de membros dos corpos de seus funcionários decepados, algo bastante corriqueiro, mas há sempre uma explicação onde dizem serem os mais humanos do planeta terra, ou seja, a de que presam sempre pela segurança e bem estar de seus funcionários e que prestarão toda a assistência para os familiares, um verdadeiro engodo.
O grupo JBS/Friboi, por exemplo, tem contra si, mais de 34 mil processos anuais referentes a questões trabalhistas, número maior do que várias cidades do país.
A Bello Frango, como a JBS/Friboi, também procura se eximir da culpabilidade de seus atos, o da destruição de trabalhadores.
Neste caso, os seus donos vêm se empenhando em provar que a culpa pela falta de proteção em um moedor de carnes, melhor dizendo, em seus maquinários não são deles, por isso colocaram a Justiça para jogar a culpa, senão no operário falecido, em alguém que não sejam eles próprios, numa demonstração de que podem fazer o que bem entenderem, dizer e fazer o que quiser.
Para patrões, os trabalhadores são descartáveis, se ocorrer um acidente, por conta das péssimas condições de segurança no trabalho venha a causar uma tragédia, eles não se colocam como responsáveis por isso, mesmo porque, troca-se por outro funcionário e acabou a conversa.
Para os patrões dos frigoríficos podem atrofiar, mutilar e matar os trabalhadores que nunca haverá punição, a exemplo do massacre dos trabalhadores da Vale do Rio Doce de Brumadinho dizimaram com mais de 300 vidas.