A extrema-direita, que hoje, chega ao governo do país por meio de uma completa fraude eleitoral consiste em um setor diretamente impulsionado pela chamada “direita tradicional”. Durante as manifestações à favor do impeachment, por exemplo, a direita tradicional estimulou os seus setores mais reacionários nas campanhas de rua defendendo a derrubada do governo Dilma. A defesa da intervenção militar, por exemplo, da tortura, eram algumas das bandeiras defendidas por esses setores.
Agora, na composição do governo ilegítimo de Bolsonaro, vemos a ligação direta que há entre a direita e a extrema direita. O futuro ministro do meio ambiente do próximo governo golpista, Ricardo de Aquino Salles, foi secretário particular do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, do PSDB. Ricardo de Aquino foi um dos criadores do movimento Endireita Brasil, além de ter concorrido às eleições deste ano pelo Partido Novo.
Ou seja, tais fatos demonstram que é uma ilsuão e uma total capitulação aos golpistas a política de setores da esquerda, coma a ala direita do PT e a esquerda pequeno burguesa, de se adaptarem ao golpe de estado, de desejarem “boa sorte a Bolsonaro” e de buscarem uma aliança com as alas ditas “democráticas” dos golpistas. No final das contas, a extrema-direita é consequencia do aprofundamento do golpe de estado levado a diante pela direita tradicional.
A única alternativa é mobilizar a população contra o golpe, por meio da organização dos comitês de luta contra o golpe. Levantar desde já o “Fora Bolsonaro e todos os golpistas” além da “Liberdade para Lula!”