Não tem limites o “saco de maldades” que o golpe prepara para a população brasileira. Em sua versão bolsonarista, o golpe está escolhendo a dedo os elementos mais inescrupulosos que produzam resultados o mais rápido possível, a começar pelo próprio ex-capitão.
Quando se trata, então, dos setores da população mais desassistidos do país, a sanha por deixá-los à míngua é ainda mais cruel. Aliás, quem abriu o caminho das maldades foi o próprio presidente fascista eleito pelo golpe e pela fraude ao expulsar mais de oito mil médicos cubanos do Brasil, médicos que atendiam dezenas de milhões de pessoas carentes nas grandes cidades e nos rincões mais distantes do país.
Uma característica dos fascistas é a verdadeira predileção por esmagar os mais indefesos. Um desses é o economista da equipe econômica de Bolsonaro, Arthur Weintraub, e possível indicado para o cargo de secretário-executivo da Casa Civil sob o comando de Onyx Lorenzoni do DEM.
Weintraub deve ser o responsável pelo papel de principal articulador com o Congresso da “reforma” da Previdência e já anunciou que uma de suas propostas será aumentar em 20 anos, dos atuais 65 para 85 anos, a idade mínima de idosos e pessoas deficientes de baixa renda que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
O BPC corresponde a um salário mínimo mensal pago à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção, nem de tê-la provida por sua família. Hoje o programa atende 4,5 milhões de pessoas. Destas, cerca de 2 milhões são idosos e 2,5 milhões são pessoas com deficiência.
Mesmo levando-se em conta o fantasioso dado do IBGE que a média de vida da população brasileira é de 76 anos de idade, isso significa que a proposta do fascista Weintraub é de exterminar literalmente essa população carente.
Pior ainda, como o programa só atende beneficiários em que a renda por pessoa do grupo familiar seja menor que 25% do salário mínimo, significa que o benefício ajuda na sobrevivência de pelo menos 4 vezes mais do que o número de beneficiários, o que elevaria o total para cerca de 18 milhões de pessoas.
Essa é a política do golpe: assassinar o povo miserável brasileiro e esse é apenas um dos itens que os golpistas querem alterar na “reforma” da Previdência.
Os bolsonaros, os Weintraub são os instrumentos pelos quais os golpistas pretendem impor a destruição do Brasil em favor do imperialismo e do grande capital nacional a ele associado.
Os setores do movimento operário e popular mais organizados devem se antecipar aos golpistas e seus bandos fascistas a partir de construção de uma grande mobilização popular para por fim ao regime golpista.
Nesse sentido, uma luta sem tréguas pelo Fora Bolsonaro e pela liberdade de Lula é fundamental.