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Manobra tucana

Quem são as 2 mil pessoas que o PSDB vai infiltrar nos atos?

Não vamos receber a direita de braços abertos nas manifestações. As ruas são do povo, não deixaremos que 2013 se repita.

Tucanos nas ruas?

Se aproveitando do pouco tempo de organização por um lado e da simpatia da esquerda pequeno-burguesa por outro, o principal partido da burguesia no Brasil anunciou na revista Veja que participará dos atos deste sábado. Segundo Fernando Alfredo, presidente do diretório estadual do PSDB em São Paulo, o partido do imperialismo planeja levar duas mil pessoas para a Avenida Paulista, na capital.

Agora, quem seriam essas duas mil pessoas? Militantes tucanos? Movimentos populares simpáticos a tudo que o PSDB fez no Brasil? Quando a direita vai pras ruas, em meio a manifestações populares, ela leva seus mercenários pagos, bate-paus. Ao contrário da extrema-direita, os setores mais tradicionais da direita não têm militância, não levam gente espontaneamente para as ruas. O povo odeia o PSDB, Dória, FHC, eles são reconhecidos como inimigos mortais dos trabalhadores.

Essa infiltração cumpre um papel importante na situação atual. A direita não tem afinidade com as ruas, esse é o terreno de luta natural da esquerda e é mais difícil a situação política se o povo está mobilizado. O PSDB entra como um cavalo de Troia para sequestrar as manifestações e rapidamente esvaziar as ruas, deixando a luta contra Bolsonaro completamente refém do Congresso Nacional.

Verde e amarelo, as cores dos canalhas

Os tucanos pretendem entrar nos atos pela porta aberta pela esquerda pequeno-burguesa, que mordeu a isca lançada pela Folha de São Paulo ainda em 2020. Quando estouraram as manifestações para expulsar os fascistas da Avenida Paulista, o jornal manobrou em torno da questão da “democracia” e até promoveu uma “nova liderança” surgida nos atos, o futuramente candidato a vereador pelo PSOL Danilo Pássaro. Quem esteve por lá não se esquece dos sinalizadores usados por Pássaro, azuis e amarelos, no melhor estilo tucano.

Em 2021 temos visto uma continuação da capitulação da esquerda, que cada vez mais deixa de lado a sua cor tradicional, o vermelho, símbolo inconfundível da luta internacional dos trabalhadores e por isso mesmo repudiado pela burguesia. Nas últimas manifestações partidos, da esquerda pequeno-burguesa embarcaram de vez no verde-amarelismo, se fantasiando de bolsonaristas, que fazem uma demagogia nacionalista vazia de conteúdo concreto.

Se aproveitando da brecha aberta por esses setores, Fernando Alfredo diz com todas as letras que os “dois mil” tucanos irão com “as cores da bandeira” e que o partido Cidadania teria sido procurado para participar também. Já no dia 19/06, o presidente desse puxadinho do PSDB tirou uma foto na rua com uma bandeira do Brasil e fez campanha contra o predomínio do vermelho nas manifestações.

A cronologia do Fora Bolsonaro, segundo a Veja

Na mesma matéria onde anuncia a participação do PSDB, a revista golpista apresenta sua própria versão do movimento de combate ao ilegítimo governo Bolsonaro nas ruas. A parte mais árdua foi obviamente ignorada, pois foi trilhada principalmente pelo PCO, que conseguiu atrair militantes do PT e de outros setores mais combativos da esquerda. Quem nunca saiu das ruas sabe que o PCO vem impulsionando os atos de rua pelo Fora Bolsonaro desde o começo desse governo ilegítimo e que nem a pandemia esfriou a nossa disposição de luta.

Enquanto a esquerda pequeno-burguesa e a direita tradicional pregavam o farsesco “fique em casa”, os militantes do partido mantiveram as atividades políticas na periferia, se somaram às torcidas organizadas para expulsar a extrema-direita das ruas e seguiram realizando manifestações depois que Boulos e Pássaro conseguiram sepultar a mobilização das torcidas.

Duas das etapas importantes da luta já em 2021, que a revista golpista fez questão de ocultar, foram as mobilizações contra o golpe militar de 1964 e o 1° de maio na Praça da Sé. Em resposta às comemorações oficiais pelo governo Bolsonaro do golpe militar pró-imperialista de 1964, o PCO liderou um esforço de militantes de esquerda para ocupar as ruas e numa paulada só, impedir que a extrema-direita fosse às ruas e honrar a memória dos militantes torturados e assassinados pela ditadura militar.

Enquanto a CUT abria espaço em “ato” virtual para bandidos da direita e o PSTU fazia um “contra ato” também virtual, o PCO impulsionou um grande ato vermelho na Praça da Sé. Esse ato rompeu de vez com a paralisia da esquerda e teve enorme adesão da população. Ficou mais difícil ignorar a luta real depois do sucesso desse 1º de maio vermelho.

Nossa bandeira sempre será vermelha

Em julho de 2013, a falta de direcionamento das manifestações foi explorada pela burguesia. Que assim como pretende agora, infiltrou policiais à paisana, elementos de extrema-direita e antipetistas em geral. Depois de se apoderar dos atos, que pegaram fogo em resposta à repressão da polícia militar a mando do tucano Geraldo Alckmin, a burguesia conseguiu acabar com o movimento popular.

Agora, quem abriu espaço foram os próprios partidos da esquerda craqueira eleitoral, que ainda acredita que Bolsonaro foi eleito porque faz demagogia com a bandeira verde e amarela. Juliano Medeiros, presidente do PSOL, chegou ao extremo de convidar publicamente o PSDB, taxando de sectário quem se opuser a essa infiltração da direita nos atos.

Ao contrário dessa esquerda, que ignora o povo e troca beijos com a direita e até com a extrema-direita, os trabalhadores não têm amor pra dar pra esse tipo de escória política. Estamos ao lado daqueles que são massacrados há décadas pelos governos autoritários e destrutivos do PSDB e não vão receber de braços abertos seus inimigos de classe.

Não vamos nos camuflar de bolsonaristas, nossa luta está identificada com o vermelho. O verde e amarelo não carrega um programa político e por isso a direita faz demagogia com essas cores, vazias de conteúdo. A nossa bandeira sempre será vermelha! Fora Bolsonaro, Dória e todos os golpistas! As ruas são da esquerda, as ruas são do povo!

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