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Rio de Janeiro

Quem é Henrique Simonard, candidato do PCO à Prefeitura do RJ

Henrique Simonard é estudante, militante do PCO, da Aliança da Juventude Revolucionária e candidato a prefeito do Rio de Janeiro

O Diário Causa Operária dá continuidade à série de entrevistas com os candidatos do PCO às prefeituras municipais nas eleições de 2020. Nesta edição, entrevistamos Henrique Simonard, candidato do Partido a prefeito do Rio de Janeiro.

Diário Causa Operária: Como você chegou ao PCO? Qual sua atuação na vida política? Quais as atividades do Partido hoje na capital carioca?

 

Henrique Simonard: Entrei no partido em 2018. Na época do julgamento do Lula no TRF4, que ocorreu em Porto Alegre. Na época já estava morando no Rio, e estava passando férias em Maceió, na casa dos meus pais. Na época o partido fez um esforço para tirar uma caravana do Nordeste que fosse até o julgamento do Lula em POA. Para você ver o esforço, a caravana atravessaria o País. Mesmo com um boicote da esquerda que dizia defender o Lula no nordeste, que só disseram que iriam tirar, mas não tiraram uma caravana. Na época o partido tirou por iniciativa própria uma caravana que passaria por todo nordeste, e isso me surpreendeu positivamente. Foi esse ponto que me fez entrar no partido.

Quando entrei, o partido não estava tão desenvolvido no RJ, tínhamos dois militantes, o companheiro Fernando e Vitor Lara. O companheiro Fernando que faleceu, infelizmente, em 2018. Na época os companheiros de São Paulo fizeram conosco atividades no Rio de Janeiro, principalmente na Rocinha, quando estávamos aqui sob intervenção militar.

No Rio de Janeiro o partido é composto principalmente da juventude, então fazemos bastante atividades na UERJ e atividades de rua.

DCO: Por que uma candidatura do PCO às eleições municipais do Rio de Janeiro?

 

Henrique Simonard: Nesse momento, a política do partido é de lançar candidatos no Rio de Janeiro, em diversas cidades do estado, principalmente para crescer e fortalecer o Partido. Por que lançar candidaturas em locais consolidados como São Paulo, Brasília e o próprio Rio? Para fortalecer o partido, porque precisamos crescer ainda mais.

O Rio de Janeiro tem uma pequena diferença de São Paulo e Brasília. Aqui o PT criou um vácuo político na esquerda durante muito tempo. Por causa das alianças que o PT com o MDB, para lançar os candidatos da direita em que ele se aliava ao governo e as prefeituras do estado. Até 2016 ainda estava esse esquema PT-MDB de comandar o estado, política essa que desmoronou com a ofensiva golpista. Essa vacância da esquerda está sendo suprida pelo PSOL, que está levando a mesma, se não pior, política que o PT levou antes de 2016, procurando se aliar com a direita. Como, no caso, o Freixo que abdicou de sua candidatura para endossar a candidatura de Eduardo Paes. Então temos apenas uma esquerda que quer uma aliança desesperada com a burguesia, e o PCO. Nesse sentido, a saída é fortalecer o PCO.

DCO: Qual o principal objetivo da candidatura? Qual o eixo político em que ela se sustenta?

 

Henrique Simonard: Bom, nós vamos lançar candidatos em São Gonçalo, Itaguai, Volta Redonda, Barra Mansa, Macaé, Campos do Jordão e na capital. São candidaturas muito importantes porque está expandindo o partido e sua influência. Principalmente para o sul fluminense e o norte fluminense. Se desenvolvendo na capital, o partido está se expandindo rapidamente para as outras cidades.

O principal objetivo das candidaturas é expandir o partido como ponta de lança da campanha fora Bolsonaro, campanha essa que também estamos sendo boicotados. Para isso estamos se unificando na rua com movimentos populares mais afetados pelo governo Bolsonaro, como a casa NEM e outros, para romper essa paralisia.

 

DCO: O que está acontecendo no Rio de Janeiro com a queda de Witzel e luta entre as fracções da direita para a prefeitura do estado, representada por Eduardo Paes (DEM) e Crivella?

Henrique Simonard: A política do Rio de Janeiro virou um verdadeiro faroeste. Esse cenário de faroeste já começou quando o Witzel queria dar voz de prisão a Paes em pleno debate. Naquele momento, o carioca que já conhece que a política do Rio de Janeiro não é para amadores já viu virou um “cada um por si”. Essas últimas semanas provaram que quem está dominando o Rio de Janeiro é um grupo que pode passar por cima das instituições a qualquer momento. Inclusive, Crivella se unificou com essa ala, a bolsonarista, se livrando no quarto processo de impetchment contra ele. Agora que entrou o vice de Witzel, parece que ele vai ser uma ponte de equilíbrio entre a ala da burguesia mais tradicional, do bolsonarismo e do Centrão.

Isso deixa claro que as eleições aqui serão uma farsa total. Realizando quatro prisões políticas em poucas semanas, derrubando o governador e tentando derrubar o atual prefeito, somente com ações do Ministério Público. Isso, certamente, dará o tom para as eleições.

DCO: Henrique, em meio a essa crise que passa o Estado, vimos o aceno de um setor da esquerda ao DEM, que representa essa ala mais tradicional da burguesia. Qual seria a consideração do partido para esse aceno ao centrão?

 

Henrique Simonard: A esquerda presta o papel aqui no Rio de Janeiro de estar sempre a reboque da direita. Em 2016 já vimos esse aceno de Freixo (PSOL/Rj) a Eduardo Paes (DEM), aparecendo como seu reserva.

Desde o início do ano ele dizia que iria se lançar candidato, dizendo que a esquerda deveria se unificar toda em torno dele, etc.  Coisa que até o PT se prestou, lançando a Benedita como vice. Lógico que ele negou, e depois que Paes apareceu na eleição ele abdicou de sua candidatura e colocando uma extremamente secundária.

Nas últimas semanas vimos uma cena interessante que entre esse fogo-cruzado onde Paes apareceu como alguém que poderia estar impedido de se lançar, Freixo ressurgiu com a ideia, queimando a largada, de que ele deveria se lançar e se apoiado por toda esquerda. Após o fogo abaixar, no mesmo dia ele saiu dizendo que não iria se lançar mais. Chega a ser ridículo, mas essa é a esquerda no estado do Rio de Janeiro.

Justamente para combater  essa política de frente ampla, devemos fortalecer o partido e impulsionar a campanha pelo fora Bolsonaro e de uma unidade em torno de Lula presidente dentro e fora das eleições.

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