O governo golpista e fraudulento de Jair Bolsonaro impôs uma medida provisória, a qual na prática, coloca fim a autonomia universitária das instituições federais. Publicada no Diário Oficial no dia 24 de dezembro, a medida estabelece uma mudança no processo de escolha dos reitores das universidades federais. De acordo com a proposta fica estabelecido que em todas as instituições deverá ocorrer uma consulta à comunidade acadêmica, na qual o voto dos professores terá maior peso (70%) em relação aos estudantes e funcionários, 15% para ambos.
Após a votação, cada instituição será obrigada a encaminhar uma lista tríplice para o poder executivo. A medida altera o processo anterior e abre a possibilidade para que o presidente escolha qualquer um dos nomes, independente da quantidade de votos obtidos, sem precisar também passar por qualquer aprovação dos conselhos universitários.
A medida, de caráter claramente ditatorial, é um ataque a autonomia das universidades, as quais, na prática, serão comandadas por interventores escolhidos a critério pela extrema-direita. Por meio desta proposta a direita golpista e a extrema-direita buscarão controlar as universidades de todo o país.
Caberá também aos reitores escolherem os seus respectivos vices, no modelo anterior estes eram eleitos na mesma chapa dos reitores.
O ataque à universidade pública não é por acaso. Desde o golpe de estado, as universidades, principalmente os estudantes, têm sido um pólo de luta e mobilização contra o política imposta pelos golpistas. Por meio de medidas como esta, a direita buscará sufocar qualquer tentativa de mobilização dos estudantes, professores e funcionários.
É preciso organizar a mobilização em todas as universidades do país contra o ataque promovido às universidades pelo presidente golpista e pelo Fora Bolsonaro. É necessário defender a autonomia universitária, e o modelo de governo tripartite de com maioria estudantil. Ou seja, todas as categorias devem participar das decisões democraticamente, tendo os setores que são majoritários nas instituições mais peso nas decisões, estudantes, funcionários e professores, nesta ordem