O governo Bolsonaro, produto da fraude eleitoral e do Golpe de Estado no Brasil, volta a encontrar dificuldades devido à suas próprias contradições internas. Bolsonaro tem seu governo sustentado por diferentes setores da burguesia nacional, do imperialismo e das Forças Armadas e isso eleva o nível de disputa interna a respeito de quais nomes devem assumir os cargos centrais do governo como pastas e ministérios.
Na última semana, o conflito tem se tornado mais agudo quando o tema tratado é o Ministério do Meio Ambiente e tem colocado o governo em uma posição de difícil decisão. De um lado, se colocam os militares, muito interessados em abocanhar uma parte cada vez maior do poder político do Estado, de outro estão os ruralistas, intimamente associados ao interesse do imperialismo internacional, que pretendem expandir os lucros dos latifundiários e das grandes empresas de agronegócio.
Durante a campanha, Bolsonaro havia anunciado que o Ministério do Meio Ambiente seria controlado por um representante dos interesses do agronegócio, mas agora já se coloca em dúvida a respeito do nome que será indicado. De acordo com o próprio Bolsonaro o Ministério será o último a ter um nome indicado, o que deixa evidente que a crise dentro do futuro governo já causa contradições internas difíceis de superar.
Vale ressaltar que os ministérios já anunciados por Bolsonaro contam uma elevada presença de militares de alta patente, o que indica que são as próprias Forças Armadas que vêm dando as cartas dentro do governo. Apesar disso, setores importantes da burguesia e do imperialismo também querem afirmar seu poder sobre a máquina do Estado e sobre o próprio governo, o que leva à uma queda de braço dentro do próprio campo golpista que elegeu Bolsonaro através da fraude eleitoral.
Para os trabalhadores, qualquer que seja a decisão tomada pelo governo golpista de Bolsonaro será um retrocesso e irá significar uma enxurrada de ataques e de políticas de conteúdo neoliberal. Para o povo, independente de qualquer acordo a que as alas golpistas do governo cheguem, o caminho continua sendo o mesmo: organizar as forças dos movimentos populares para mobilizar todas as categorias e setores combativos para enfrentar a direita e o avanço do Golpe de Estado no Brasil. É preciso que o conjunto do movimento operário e popular chame imediatamente a mobilização pelas palavras de ordem de “Fora Bolsonaro e Todos os Golpistas, Liberdade Para Lula e Todos os Presos Políticos”.