O Supremo Tribunal Federal (STF) foi alvo de uma polêmica com a família Bolsonaro nesses dias de campanha eleitoral.
Em vídeo gravado em julho deste ano, Eduardo Bolsonaro (PSL/SP) afirmou: “cara, se você quiser fechar o STF, sabe o que você faz? Você não manda nem um jipe, manda um soldado e um cabo. Não é querendo desmerecer um soldado e um cabo não”.
A declaração feriu o brio do não menos democrático presidente do STF, Dias Toffoli, que respondeu a provocação de Eduardo Bolsonaro dizendo que “O Supremo Tribunal Federal é uma instituição centenária e fundamental ao Estado Democrático de Direito”.
Disse também que “não há democracia sem Poder Judiciário independente e autônomo”, e que o Brasil conta com “instituições sólidas”, que “atacar o Poder Judiciário é atacar a democracia”.
A despeito da bravata do golpista Eduardo Bolsonaro, quem, efetivamente, contribuiu de maneira decisiva para o golpe de Estado foi o Poder Judiciário, especialmente, o Supremo, do qual Toffoli é presidente – “assessorado” por militares.
O STF legitimou o impeachment de Dilma Rousseff, dando carta branca e assinando embaixo todas as tramóias do Congresso Nacional golpista. Em nenhum momento o STF sequer levantou dúvida sobre a necessidade de derrubar ilegalmente, por cima da constituição, Dilma Rousseff.
Se formos mencionar a tramitação dos Habeas Corpus de Luiz Inácio Lula da Silva, chegaríamos à conclusão de que os golpistas, na verdade, são os integrantes do judiciário, os ministros, juízes e demais figurões que rasgaram a Carta Magna para mandar Lula para a cadeia.
O Judiciário, a mando dos golpistas internacionais, é que abalou todas as instituições do País; ele, judiciário, é quem colocou abaixo os mínimos direitos democráticos.
Bolsonaro, pai ou filho, não controlam nenhum tribunal. Suas peripécias, as bravatas, os latidos etc. é parte do aprofundamento do golpe de Estado inaugurado por instituições como o STF. Bolsonaro é a cria raivosa do STF.