No dia 18 de julho, o Diário Causa Operária (DCO), jornal diário do PCO na Internet, sofreu um ataque hacker criminoso, que apagou mais de 4.000 artigos e danificou a estrutura do portal. Se não tivesse sido detido a tempo, certamente destruiria todo o jornal.
Trata-se um empastelamento digital, tal como fez inúmeras vezes a extrema direita e os órgãos de repressão contra os jornais impressos da esquerda no passado.
Um ataque dessa envergadura e com essas características é um ataque fascista, venha de onde vier. Os agressores não foram ainda identificados, mas qualquer que seja o seu objetivo, perpetraram um ataque fascista a um órgão da esquerda revolucionária. Serão encontrados e não ficarão impunes.
Por esse motivo, o DCO recebeu centenas de declarações de apoio. Dirigentes de partidos de esquerda, da CUT, sindicatos e movimentos populares, como o MST, a Central de Movimentos Populares (CMP), a Frente Nacional de Lutas na Cidade e no Campo (FNL), uma senadora do Partido Comunista Francês, além de artistas, militantes e diversas pessoas públicas manifestaram seu repúdio ao ataque. Essas organizações e pessoas reconhecem a gravidade do que foi feito, a importância da imprensa de esquerda e a necessidade de denunciar e combater o fascismo.
Houve, no entanto, quem se solidarizou… com os fascistas.
Chegou ao nosso conhecimento que um blogue, anônimo, dedicado a difamar o Partido da Causa Operária, apoiou os criminosos fascistas. É de conhecimento público que este blogue anônimo está diretamente ligado a pessoas que, se apresentando como “ex-militantes insatisfeitos” tornaram público um longo documento calunioso contra o nosso Partido e a um outro blogue denominado “O Partisano”.
De divergências políticas, reais ou fictícias, passaram a apoiar um ataque fascista à esquerda revolucionária.
Procuram justificar o ato fascista, dizendo que na realidade ele não teria existido. Segundo eles, o ataque teria sido feito pelo próprio partido! Uma alegação aberrante, mas com um objetivo criminoso.
Dizer que não houve ataque é tentar proteger os que buscaram destruir o nosso jornal e procurar desarmar os que foram atacados. Como sabemos, sem resposta à altura o fascismo só cresce e a partir da ação contra o Diário Causa Operária estaria aberto o caminho para que o restante da esquerda fosse atacado.
O que diríamos de alguém que, diante de uma agressão fascista em uma manifestação, dissesse que o agredido se machucou de propósito, que não foi agredido? Ou que uma mulher estuprada seria a responsável pelo crime do qual é vítima? Seria imediatamente caracterizado como um cúmplice dos agressores.
O fascismo tem que ser combatido duramente. Quando a burguesia decide enveredar pela via do fascismo ele se torna uma poderosa arma, cujo objetivo é aniquilar as organizações operárias. Para combatê-lo não adianta o debate de ideias. Historicamente, os trabalhadores só foram vitoriosos e fizeram o fascismo recuar quando os enfrentaram nas ruas. Onde isso não ocorreu, o que vimos foi a imposição de uma ditadura brutal que acabou com as organizações da classe trabalhadora.
Vivemos hoje um momento particular no Brasil, que tem um presidente fascista, que avança sistematicamente contra os direitos dos trabalhadores. Em toda oportunidade ataca as organizações de esquerda e conforme consiga vai perseguir, prender, colocar na ilegalidade. Além disso, é estimulada a criação de cada vez mais organizações fascistas, como é o caso da “Milícia de Cristo”, da Igreja Universal, os 300 do Brasil e muitos outros. Bolsonaro é uma ameaça a toda a esquerda e a classe trabalhadora. Sob seu governo, o fascismo só cresce. E é nesse contexto que ocorre o ataque contra o jornal do PCO.
Os responsáveis por essa página colocam-se abertamente ao lado do fascismo contra o PCO. Quem apoia um ataque contra a imprensa e as organizações da esquerda está apoiando o fascismo e devem ser tratados como os fascistas e assim serão tratados.