PSDB, MDB e DEM

Queda do PIB: golpe dado pelos “civilizados” afundou a economia

Diferente do que propaga a esquerda, atribuindo a responsabilidade exclusivamente a Bolsonaro, a destruição do País foi continuada por ele, mas iniciada pela direita tradicional

Nesta semana, dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro caiu 4,1% em 2020, a 3ª pior queda em toda sua história! Diferente do que a esquerda propaga quando coloca a culpa exclusivamente no governo golpista de Bolsonaro, o número é uma mostra de toda a destruição causada no País pelo golpe de Estado de 2016 e pelos partidos como PSDB, MDB e DEM, que o lideraram e em seguida fraudaram as eleições de 2018 para eleger a extrema-direita e evitar a volta do Partido dos Trabalhadores (PT) ao governo.

Diante disso, a esquerda coloca a culpa exclusivamente no Bolsonaro, uma forma de acobertar a direita tradicional. É preciso lembrar que o governo golpista atual não “caiu do céu”. Diferente do que esses setores da esquerda propagam de forma reacionária, de que “o povo elegeu Bolsonaro”, os verdadeiros responsáveis pela sua eleição foram os principais partidos da burguesia brasileira, que deram o golpe de 2016 e organizaram a fraude eleitoral de 2018. Ou seja, PSDB, MDB e DEM.

Limitar a crítica apenas a Bolsonaro faz parte da política da chamada frente ampla, ou seja, da aliança da esquerda com setores da direita golpista para supostamente “combater o fascismo” e o “bolsonarismo”.

No entanto, como se viu nas eleições para a presidência do Congresso, ocorridas no início de fevereiro passado – quando a esquerda parlamentar apoiou na Câmara o candidato do MDB (Baleia Rossi) – que também era apoiado pelo PSDB – e no Senado o candidato do DEM (Rodrigo Pacheco) – que também era o escolhido do próprio Jair Bolsonaro. Ficou provado que a frente ampla e sua “luta contra o fascismo” tratava-se apenas de “passar pano” para a direita golpista, com quem estes setores da esquerda buscavam cargos no parlamento.

 

Crise capitalista e pandemia, um barril de pólvora

A queda de 4,1% do PIB em 2020, divulgada pelo IBGE nesta semana, ficou atrás apenas da queda de 4,35% em 1990, quando governo neoliberal de Collor confiscou a poupança, e da queda de 4,25%, em 1981, quando da crise da dívida externa durante a ditadura militar. Ou seja, trata-se da maior queda do século XXI, que só não foi a maior de todos os tempos devido ao auxílio emergencial liberado pelo governo golpista, com o consentimento da burguesia, para evitar uma verdadeira explosão social.

Este quadro é um indicador geral de vários outros aspectos da situação do País. Neste momento mais da metade da população em idade para trabalhar (acima de 14 anos)está desempregada. Mais de 72 mil empresas de varejo fecharam as portas em 2020, a indústria nacional representa cada vez parcela menor do PIB e o poder de compra da população voltou a patamares de 2009.

Como se não bastasse, o País ultrapassou nesta quinta 260 mil pessoas mortas por coronavírus, vítimas da política genocida dos golpistas, que segundo dados oficiais, imunizaram até o momento apenas 1,09% da população nacional.

 

O papel dos “civilizados” e “científicos”

Frente a catástrofe nacional, os governadores “científicos”, da direita chamada pela esquerda de “civilizada”, dos grandes combatentes do “negacionismo”, não fizeram absolutamente nada além de decretar “lockdowns” e toques de recolher na maior parte das capitais federais. Medida que agrava ainda mais a situação de miséria da população pobre e dos pequenos comerciantes e trabalhadores informais.

Por isso, é preciso lembrar quem são os verdadeiros responsáveis pela situação do País. A tragédia nacional de 2021, com o colapso da saúde e da economia é o produto do saque promovido pelo imperialismo, sobretudo norte-americano, desde o golpe de 2016, liderado pelo PSDB, pelo MDB e pelo DEM.

A partir de 2016, com a derrubada ilegal da presidenta Dilma Roussef (PT) e o golpista Michel Temer (MDB) assumindo como presidente ilegítimo, o governo federal passou a aplicar o programa da “Ponte para o futuro”, do neoliberalismo, das privatizações e da guerra contra o povo. Assim o governo Temer implementou uma dura política de reformas, privatizações e reversão dos programas sociais criados pelos governos do PT (Lula e Dilma).

Apenas para lembrar algumas das inúmeras medidas criminosas aprovadas por Temer contra o povo, foi durante o seu governo que ocorreram a aprovação: da “PEC do Teto” – que congelou por 20 anos os investimento públicos, sobretudo em Saúde e Educação; da Reforma Trabalhista – que na prática destruiu a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), revogando uma série de conquistas históricas dos trabalhadores; e da Reforma do Ensino Médio – que destruiu disciplinas como filosofia, sociologia e artes do currículo e permitiu um ataque generalizado contra a categoria dos professores e os estudantes por parte dos governos estaduais.

Diante da impopularidade de Temer, tornou-se inviável a eleição de um sucessor seu direto ou mesmo de outro candidato da direita tradicional, como do PSDB. Assim, estes setores principais da direita, que lideraram o golpe de 2016, unificaram-se em torno da candidatura de Bolsonaro para evitar que o PT vencesse as eleições e abrisse uma crise ainda maior no golpe de Estado.

 

Sem ilusões na direita, é preciso uma política independente

Bolsonaro assumiu e seguiu o mesmo programa golpista de Temer, com algumas diferenças pontuais, fruto de suas contradições com a própria burguesia e sua base social de extrema direita. Manteve as privatizações, a reversão dos programas sociais e a liquidação da indústria nacional, destacadamente a entrega do pré-sal e do petróleo nacional para as grandes empresas capitalistas, especialmente as estrangeiras.

Ou seja, se a direita que se diz opositora de Bolsonaro ou o próprio vencerem em 2022, essa situação de miséria e destruição nacional se aprofundará. A única solução para os trabalhadores e para a população em geral é se mobilizar em torno de uma política da esquerda que seja independente da direita e da burguesia, que tenha como eixo central ter uma candidatura própria contra o golpe de Estado que seja capaz de mobilizar as massas para derrotar a direita: a do ex-presidente Lula.

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