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Queda do governo: aprofunda-se a crise política na Itália

“Liberte a besta em você”, diz o convite para o leitores do Ilpopulista.it, um sítio na internet site próximo do ministro do Interior Matteo Salvini, da Itália, mostrando o tamanho da encrenca em que o país da bota está metido.

O verde-amarelo dissolveu-se no Senado no último dia 20. Em resumo: resta apenas um governo político, que deveria se materializar sem deixar “exploradores” entrar em campo ou mesmo votar. O Partido Democrata  virou suas cartas na mesa, com o mandato de negociar (contanto que em uma lógica de “descontinuidade” sobre a experiência verde-amarela) que ele confiou por unanimidade a Nicola Zingaretti. Sua tarefa, ele repetiu, é apenas registrar a vontade do Parlamento.

O primeiro-ministro da Itália Giuseppe Conte apresentou sua renúncia, depois de 14 meses no cargo, ao presidente Sergio Mattarella e responsabilizou o ministro Matteo Salvini, do partido de extrema-direita Liga Norte, pela crise política que levou à queda do governo, em um pronunciamento no Senado. O jurista Conte havia sido uma indicação “neutra” entre o partido de extrema-direita Liga Norte e o Movimento 5 Estrelas (M5S), que se diz “antissistema”.  Os dois partidos foram os mais votados nas últimas eleições e se uniram em uma coalizão de governo, um “pacto político”.

Já fazia tempo que os dois partidos davam sinais do pacto estar rachando,  se batendo sobre vários assuntos, como um decreto de segurança proposto por Salvini, da Liga , e um projeto do trem de alta velocidade (TAV), entre Turim e Lyon. Foi na votação no Parlamento sobre o TAV que se deu o racha definitivo no governo em agosto. Os dois partido votaram de maneira oposta e Salvini decretou o fim da coalizão.

A manobra de acabar a coalizão com o 5 Estrelas parece uma estratégia da Liga, que é nacionalista e anti-imigrantes, de formar um governo sozinha na Itália, com o apoio de pequenos e médios partidos de direita, pois o partido foi o mais votado neste ano no país para as eleições ao Parlamento Europeu.

No seu discurso de renúncia no Senado, Conte subiu surpreendentemente o tom e disse que o ministro do Interior mostrou que está seguindo interesses pessoais e do partido. “Fazer os cidadãos votarem é a essência da democracia, mas pedir para que votem todo ano é irresponsabilidade”, declarou. Conte alertou que a convocação de eleições antecipadas na Itália apresenta riscos ao país: além de obstruir o funcionamento do Parlamento no segundo semestre, prejudicaria a Itália nas negociações com a União Europeia. O discurso foi aplaudido pelos políticos do M5S e do Partido Democrático, de esquerda.

O episódio é mais uma demonstração de que a disputa dentro da burguesia italiana, como acontece em vários países da Europa no momento, vem pendendo para a extrema-direita, que ganha terreno, inclusive eleitoral. A extrema-direita está conquistando uma base social, e não apenas tem vencido eleições por meio das tradicionais manipulações. Essa base social está na classe média, que está escapando do controle das forças burguesas. E a extrema-direita cresce, em parte, à custa da esquerda tradicional.

A situação europeia, e das Itália, particularmente, interessa aos brasileiros, que têm um governo de extrema-direita, que é uma ameaça à toda a população, e é dissimulado por setores da esquerda, que vende a farsa de que o governo pode ser tutelado institucionalmente e provoca um adormecimento da consciência da maior parte dos setores politizados.

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