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Falências a seguir

Queda de 80% da indústria é indicador da falência do regime

A perspectiva da economia é de quebradeira e desemprego

Pesquisa encomendada pelo Instituto FSB Pesquisa e divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que 22% das empresas só têm condições de se manter por mais um mês e 45% por no máximo três meses. Isso pode apontar para a perspectiva da maior quebradeira já vista no país desde a “crise do encilhamento” no início da República, quando o país inaugurou a história de bolhas acionárias.

De acordo com a resposta de 1.017 executivos industriais entrevistados, “ao todo, 74% das empresas foram afetadas negativamente pela crise e 82% tiveram queda no faturamento nos últimos 45 dias, mas 66% delas não exoneraram seus empregados. A redução da jornada, autorizada pela medida provisória (MP) 936, impactou 39% das indústrias consultadas, e 22% delas foram atingidas pela suspensão temporária dos contratos.” (Brasil 247, 29/5/2020). Isso mostra que o pior da pancada econômica foi sobre a cabeça dos trabalhadores, que tiveram forte queda na renda, com redução salarial ou desemprego, pois, segundo informou o presidente da CNI, Robson Andrade, foram realizados mais de 8 milhões de acordos individuais para redução de jornada e de salário e suspensão de contratos de trabalho (sem pagamento de salário).

De qualquer forma, o impacto da crise na indústria tem sido avassalador, entre as empresas que tiveram queda no faturamento, “49% informaram que a diminuição foi maior do que 50%; 29%, que a queda foi de 31% a 50%”, já com relação à produção, “36% dos executivos industriais entrevistados disseram que diminuiu muito; 16%, que ficou igual; 14%, diminuiu mais ou menos; 13%, foi totalmente paralisada” (IstoÉ Dinheiro, 29/5/2020).

Para os empresários, o problema financeiro maior que estão enfrentando na crise é o pagamento de impostos, respondem 48% deles, seguido de salários e encargos sociais, de acordo com 45%.

Metade dos empresários acredita que os próximos dois anos serão de crise, com a manutenção da situação atual (32%) ou sua deterioração (21%).

Aos poucos vão aparecendo os dados da crise. Eles apontam para o tamanho do desastre e indicam a expectativa de sua duração. Neste caso, os empresários industriais mostram que estão sentido um forte baque no faturamento e que acreditam que a crise vai continuar. Assim ocorrendo, é de se esperar que o efeito dominó se alastre por outros ramos da economia que se inter-relacionam muito da indústria, como comércio e os serviços, aumentando o desemprego e o empobrecimento dos trabalhadores.

Para o ministro da Economia, Paulo Guedes, o dinheiro público deve ser usado somente para ajudar as grandes empresas. “Nós vamos ganhar dinheiro usando recursos públicos pra salvar grandes companhias. Agora, nós vamos perder dinheiro salvando empresas pequenininhas”, afirmou na reunião ministerial de 22/5 cujo vídeo foi divulgado recentemente com autorização do STF. Na medida em que as empresas médias e pequenas sejam deixadas de lado, e sendo elas as maiores empregadoras, é de se esperar que a quebradeira multiplique o desemprego e caia como uma avalanche sobre os trabalhadores.

O governo tem retomado a ideia de manter o auxílio emergencial ou esmola crise em R$ 200 como queria desde o início. É muito provável, que se isso ocorrer mesmo, o crescimento da miséria será muito mais rápido e explosivo, combinando com o desemprego e o aumento do número de mortes diárias, que é esperado por todos os analistas de saúde se houver relaxamento geral do isolamento social.

Para o governo o caminho que anuncia é outro, querem acelerar o processo de venda das empresas públicas e de enfraquecimento do Estado em capacidade de executar políticas sociais, especialmente nas áreas de saúde e educação. Com isso, mantém-se o apoio político do grande capital e, por conta disso, garante-se a continuidade do apoio dos militares e do Poder Judiciário, fiadores, que têm sido, da política neoliberal. Ao mesmo tempo, o governo tem avançado no fortalecimento das milícias e de seu controle sobre o aparato policial-militar do Estado. Instrumentos que acreditam serem o bastante para conter as explosões sociais que virão.

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