Crise: Coronavírus e petróleo

Queda de 30% no barril do petróleo, maior em 30 anos

Coronavírus agrava a crise do capital e a tentativa do imperialismo de contorná-la fica cada vez mais difícil. A precarização da saúde com o vírus é um insustentável agravante.

Com a recessão da economia por conta da crise capitalista, o mercado da energia, principalmente do petróleo, vem sendo alvo das maiores disputas e quedas de braço impulsionadas pelo imperialismo estadunidense, por um lado, e por outro, países atrasados que são exportadores de matérias prima, como o petróleo.

Com a inflação crescente e a recessão que atingiu o mundo com o coronavírus, criou-se uma situação explosiva novamente. A crise entre a classe operária e a burguesia mundial e a crise entre o imperialismo e burguesia nacional aumenta extraordinariamente.

É que por ser dono de uma produção de petróleo de xistos, que, além de ser muito mais cara a extração, são reservas que não podem durar por muito mais tempo e, por isso mesmo, ele busca interferir no centro nervoso da maior parte de produção de petróleo do mundo que é o Oriente Médio, onde a OPEP –  Organização dos Países Exportadores de Petróleo, é a organização mais importante no sentido de tentar impor uma política de produção e consumo e contrabalancear às intervenções imperialistas.

Atualmente já se sabe que, ao lado da OPEP, cujas regras do jogo já são controladas de fato pela Arábia Saudita, sobre quem o imperialismo tem forte influência, por ser forte usina de produção de petróleo, já está colocada a Rússia também, e estabelecida uma queda de braço entre eles.

Com a  difusão do novo coronavírus, a queda da demanda e a disputa entre a (Opep) e a Rússia em torno de cortes na produção petrolífera fizeram despencar o preço do barril de petróleo do tipo Brent. A mercadoria se desvalorizou mais de 30% na manhã desta segunda-feira (09/03), a maior queda diária de preço desde a Guerra do Golfo, em 1991. Em consequência, os preços das ações nas bolsas de valores da Europa, Ásia e dos Estados do Golfo despencaram.

A queda de preço é ruim para os membros da OPEP, onde, alguns deles, que já sofrem com embargos econômicos e pressões outras do imperialismo, como são Irã e Venezuela, poderiam ver a economia colapsar de seus mercados entrar em colapso, pois contam com o resultado da venda. A situação complica, porque o vírus diminuiu a produção de barris de petróleo desses países. Além disso, com as dificuldades de aumentarem a produção do petróleo imposta pelo imperialismo estadunidense, também consegue fazer um controle do preço, mantendo-o mais alto. 

A Opep não conseguiu chegar a um acordo com a Rússia nesta sexta-feira, em Viena, sobre uma restrição dos volumes de produção. A Rússia rejeitou o corte de produção que a Opep propôs para tentar estabilizar o preço da mercadoria, após semanas de desvalorização, em consequência do surto do novo coronavírus, que desacelera os mercados mundiais e afeta a demanda por combustível.

Então neste domingo, o maior país produtor, a Arábia Saudita, membro da Opep, anunciou que aumentaria sua produção e reduziria acentuadamente o preço do petróleo, medida qualificada por analistas como espécie de retaliação à Rússia.

O preço do barril do petróleo do tipo Brent chegou a cerca de 31 dólares nesta segunda, e especialistas alertaram que pode cair para 20 dólares se a Opep e a Rússia não entrarem em acordo.

Investidores geralmente saúdam preços de energia mais baixos para empresas e consumidores. Mas a queda abrupta, em meio ao nervosismo por causa do coronavírus, abalou os mercados.

A crise com o vírus pode novamente trazer o fortalecimento da classe trabalhadora, que, certamente, é a que vai ser mais atingida, não obstante o grupo de risco estar concentrado nos idosos e pessoas com baixa imunidade. Mas, considerando o empobrecimento da classe trabalhadora, as lutas por maiores investimentos na seguridade social, e melhores condições de vida, certamente se acirrarão, e  colocarão o conflito entre a classe operária e a burguesia mundial e a crise entre o imperialismo e burguesia nacional em um novo patamar.

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