O Ministério da Cidadania do governo ilegítimo e golpista de Jair Bolsonaro divulgou como funcionará o pagamento das parcelas restantes do Auxílio Emergencial nos próximos meses. Segundo informações, 27 milhões de pessoas que não estão cadastradas no Bolsa Família irão receber a prorrogação do Auxílio, cujo irrisório valor é de R$300, metade dos R$600 pagos antes e que já eram quase nada.
Esse número corresponde a apenas 56,25% das 48 milhões de pessoas que estavam fora do Bolsa Família e haviam sido consideradas aptas a receber as primeiras parcelas do Auxílio.
É difícil compreender os motivos que levam o governo federal a excluir quase metade dos beneficiários do programa, que mais parecia uma esmola do que um auxílio que pudesse de fato ajudar os trabalhadores a manter sua sobrevivência durante a pandemia do coronavírus.
Um dos fatores que pode excluir a pessoa de receber a prorrogação do auxílio é o fato de ela ainda não ter recebido todas as parcelas do auxílio emergencial inicial, de R$600. Ou seja, além da pessoa estar desde março lutando e esperando para entrar a “esmola” do governo federal, ela ainda ficará excluída do programa daqui para frente. Um verdadeiro escárnio com o povo miserável do Brasil.
O governo também prevê a revisão dos beneficiários que já foram aprovados, ou seja, a pessoa pode simplesmente perder o benefício para o qual ela havia sido considerada elegível em um primeiro momento. A verificação dos critérios de elegibilidade serão realizadas mensalmente.
Entre os critérios que poderão excluir as pessoas do novo auxílio de R$300 estão o fato de a pessoa ter menos de 18 de idade, exceto em caso de mães adolescentes, ou seja uma boa parte da juventude do país será colocada para fora do programa; além disso, quem estiver preso em regime fechado também deixará de receber, o que significa que, além de estar sendo esmagado pelo judiciário brasileiro e correndo o risco de morrer de Covid-19 dentro de alguma cela superlotada, o cidadão também se verá excluído deste programa. Estarão também excluídos aqueles que tenham recebido algum programa de transferência de renda do governo, exceto pelo Bolsa Família, após o recebimento do Auxílio Emergencial, como seguro-desemprego ou benefício previdenciário.
Outros critérios foram estabelecidos como óbito ou a obtenção de emprego formal durante o período em que estivesse recebendo o auxílio. Um aumento na renda também poderá excluir a pessoa do Auxílio.
Essa situação mostra como funciona o governo da direita e da extrema-direita, gerido por golpistas, no Brasil: para os banqueiros e capitalistas, trilhões de dólares, para os pobres e miseráveis, em situação de desespero diante da pandemia, trezentos reais. O governo já mata a população dia após dia com sua péssima política de contenção do vírus, e ainda por cima irá matar todos de fome com a diminuição do auxílio e do número de pessoas que o receberão.