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Coronavírus

Quase 1,5 mil indígenas contraíram Covid-19 em Rondônia

Dados divulgados pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB) revelam que mais de 1,4 mil indígenas já contraíram o coronavírus em Rondônia

Um levantamento de dados divulgado nesta sexta-feira (2), realizado pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), revela que desde o início da pandemia até o dia dia 01 de outubro, 1.405 indígenas haviam contraído o coronavírus no estado de Rondônia. São 28 mortes de indígenas registradas entre os povos da região.

Ao todo, 16 etnias registraram casos de infecção em Rondônia, caso dos povos Aikanã, Akara Karo, Cinta Larga, Kanoê, Karitiana, Karipuna, Kassupa, Mura, Oro War,  Paiter Suruí, Parintintin, Piripkura,  Puruorá, Sakirabiat,  Tupari e Wajuru.

Na região norte, o estado com maior número de povos atingidos segue sendo o Amazonas, seguido de Pará. Mato Grosso é o primeiro da lista no centro-oeste. No Amazonas, são  778 casos suspeitos,  25.356 casos confirmados e  670 mortes por COVID-19.

Os dados são oriundos dos boletins da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), vinculada ao Ministério da Saúde. Relatos de lideranças indígenas, profissionais da saúde e organizações indígenas são fontes de dados para a compilação de dados.

O avanço do coronavírus pelas aldeias indígenas há muito vem sendo denunciado pelas lideranças do movimento indígena. Em diversas ocasiões, os indígenas alertaram que as autoridades sanitárias são coniventes com a doença e não implementam políticas de auxílio aos povos e tampouco se preocupam com o enfrentamento à doença. Trata-se de uma maneira de promover um genocídio por omissão, sem que as autoridades governamentais possam ser responsabilizadas.

O presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL, sem partido) afirmou que, enquanto permanecer no governo, não permitirá que terras indígenas e quilombolas sejam demarcadas. Além disso, ele afirmou que pretende revisar as terras que já foram demarcadas e homologadas. A pandemia presta um serviço importante ao governo fascista, na medida em que desorganiza as comunidades indígenas e elimina suas lideranças. Isso facilita a situação dos latifundiários e grileiros, ávidos por tomarem as terras indígenas. Um dos pilares de sustentação política do governo Jair Bolsonaro é o agronegócio exportador, inimigo declarado dos povos indígenas.

O golpe de Estado de 2016, materializado com o impeachment da presidenta eleita Dilma Rousseff (PT), teve como um dos seus principais eixos eliminar os obstáculos para o avanço do agronegócio sobre as reservas indígenas. A destruição sistemática do meio ambiente, que já bateu recorde histórico neste ano, tem estreita relação com os interesses dos latifundiários. A omissão governamental diante da pandemia é um recurso a mais para desorganizar e, finalmente, destruir o movimento indígena. É importante destacar que a chegada da extrema-direita na presidência da República já resultou em uma escalada da violência no campo.

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