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Quanto os golpistas destruíram a indústria nacional antes da pandemia?

Capitalismo quer exaurir a economia brasileira

Quem diz que nos Estados Unidos da América no Norte o governo não interfere na economia é porque não conhece aquele país ou está mal intencionado. Lá o governo interfere e muito. É um grande comprador, tem forte poder de regulação e o Departamento de Estado tem poder de proibir as empresas de exportar para aqueles que considera inimigos ou a estimula a exportar para onde quer ajudar ou espionar. Trata-se de intervir na economia por questões geopolíticas. Mas também para incentivar as empresas americanas a ganhar mercado, proteger a agricultura e as empresas agrícolas. E também para proteger “os empregos dos americanos” como costumam dizer os democratas e até mesmo os republicanos, como o atual presidente. E não deixam por menos. Para fazer isso, como temos visto na história, produzem guerras, invadem países, destroem economias, gerenciam golpes de Estado (Carta Maior, 18/3/2015). Quando os norte-americanos fizeram escutas telefônicas do Palácio do Planalto, como denunciou à época o ex-consultor da Agência de Segurança Nacional (NSA) Edward Snowden (G1, 17/3/2016) para ouvir o que a presidenta Dilma conversava, não era só uma ajudinha para a Polícia Federal e o Moro, era parte do plano de espionagem da Petrobrás, para apoiar as petrolíferas daquele país. Tem de tudo, menos o tal liberalismo pregado pelos economistas burgueses para os “países em desenvolvimento”.

Já no último governo Dilma, com a nomeação de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda, a proposta explicitamente neoliberal começava a aterrissar no governo. O país já estava experimento os reflexos da crise econômica que começava a se espalhar pelo mundo e os empresários em banqueiros já estavam atacando o governo. A guinada para a direita não ajudou em nada, ao contrário, agravou o situação, tanto a política quanto a econômica. O número de falências crescia, especialmente no setor do comércio.

Embraer e Petrobrás, símbolos da entrega do país

Depois do golpe de 2016, o Brasil aderiu de vez à política neoliberal e a desindustrialização tomou ares de desastre e o país passou a contar somente com sua face agrário-mineral-exportadora. A venda da Embraer para a Boeing é um símbolo desse processo. Até mesmo os militares que de forma vergonhosa acataram a entrega da empresa, chegaram a questionar as suas consequências (Exame, 23/5/2019), mas não fizeram nada além de “levantar dúvidas”.

Mas não ficou nisso. O processo de destruição da Petrobrás já fazia parte do plano de sua privatização a preço de banana, como foi no governo FHC com a Vale do Rio Doce e várias outras empresas estatais. No caso da Petrobrás, por seu gigantismo, os entreguistas resolveram pôr em prática um plano de fatiamento da empresa e sua venda pelas bordas, começando por suas subsidiárias e pelo refino. Apesar de ter superado a marca de 3 milhões de barris por dia na produção de petróleo, o Brasil tem aumentado significativamente a importação de gasolina e óleo diesel. Especialmente porque sua capacidade de refino tem caído. “Para o economista José Mauro de Morais, coordenador de Estudos de Petróleo no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a grande importação de gasolina e diesel está ocorrendo porque não houve os investimentos necessários em refinarias.”(Gazeta do Povo, 27/4/2020). Essa é a política de destruição da capacidade industrial brasileira.

Segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), “pelo menos 17 indústrias fecharam as portas por dia no Brasil ao longo de quatro anos”. E mais, “de janeiro a novembro de 2019, últimos dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física do IBGE, a produção da indústria de transformação ficou praticamente estagnada. Com dificuldades para repor as perdas passadas, a indústria de transformação opera 18,4% abaixo do pico alcançado em março de 2011.” (Terra, 16/1/2020).

Neoliberais e Militares fingem construir um Plano

A crise da pandemia do novo coronavírus acabou tirando o foco da crise econômica e passou a direcionar as atenções à saúde. Mas, mesmo assim, não consegue esconder que um país que até pouco tempo produzia aviões à jato agora não consegue produzir respiradores artificiais.

Mas não só isso, a crise tem obrigado o governo a tomar algumas medidas que não estavam em seus horizontes neoliberais. E para isso, reuniu sob o comando do general Braga Neto, o interventor na Casa Civil, a proposta de construir um Plano de Crescimento Econômico, que acabou recebendo o nome de Programa Pró- Brasil. Juntando todas as propostas de investimentos na infraestrutura, agricultura e indústria, o tal Plano pretende gastas 30 bilhões de reais. Um valor irrisório, para não dizer ridículo já que o PAC 2, da presidente Dilma, envolvia recursos da ordem de 1,59 trilhão de reais para as mesmas áreas.

Mas mesmo o valor irrisório provocou mal estar na equipe econômica, que acabou sendo noticiada como uma crise entre a equipe neoliberal de Guedes e os militares. A mídia burguesa chegou até a dizer que isso ameaçaria a permanência de Guedes no governo.

Mesmo sendo um teatrinho muito mal encenado, o governo resolveu colocar tudo em pratos limpos para evitar que os capitalistas chegassem a acreditar que os militares estariam pesando em elaborar um plano de desenvolvimento à revelia da equipe econômica. Em entrevista coletiva, na saída do Palácio da Alvorada, como é da preferência do Bolsonaro, ele fez questão de confirmar a política neoliberal e entreguista de Guedes como a única política do governo. Na oportunidade, falando logo após o presidente, “o ministro afirmou que o governo segue firme em sua política econômica de responsabilidade fiscal. Ele afirmou que os gastos públicos extraordinários feitos em decorrência da crise do coronavírus são uma “exceção” na condução da política econômica”(G1,27/4/2020).

E para aproveitar a deixa, o ministro da Economia ainda reforçou sua posição contra o funcionalismo público, disse que não venham pedir aumento de salário por um ano e meio e que eles devem fazer um “sacrifício” pelo país. Parece que não está insistindo na demissão de servidores públicos ou na redução de salários, mas quer que eles voltem ao trabalho imediatamente.

O mantra do governo neoliberal continua sendo o controle do gasto público e a privatização total. Não querem deixar pedra sobre pedra mesmo.

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