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Quanto custa? Povo é afastado da cultura em SP

O acesso a cultura é estabelecido por quanto as pessoas podem pagar, quanto menos dinheiro menor é o  acesso. Quatro em cada dez paulistanos indicam o preço como principal motivo para frequentar mais as atividades culturais na cidade, como cinemas, teatros, museus e shows, de acordo com a pesquisa viver em São Paulo: cultura, realizada pela Rede Nossa São Paulo em parceria com o Ibope Inteligência.

Em geral o capitalismo tem o poder de apropriar-se das coisas, neste caso, das atividades culturais que se tornaram negócios, essas atividades ou as relações do mundo empresarial com os museus e a produção artística, estúdios de cinemas, o nosso futebol e tantas outras expressões culturais e artísticas, que cada vez mais, vem se tornando restrito, a grande maioria da população.

O futebol e um bom exemplo, cada vez mais distante do que o fez, a grande paixão nacional, que foi o povo, diante dos ingressos caros, no rio janeiro na tarde do dia 17/04, cinquenta mil pessoas lotam o Maracanã, para protestar contra os preços dos ingressos.

“Eu costumo ir mais a shows e ao cinema, pelo menos duas vezes por ano, mesmo achando que o preço do ingresso esteja bem caro”, afirma a nutricionista Gabriela Barros, 25, moradora do bairro Santa Cecília, no centro da capital paulista. “Quanto ao teatro, eu nunca vou, pois na maioria das vezes não conheço os espetáculos. Quando eu gosto de algum, o preço é bem acima do que posso pagar”, comenta.

Dependendo da região onde a pessoas morem na cidade o acesso pode ser mais caro ainda, pois além do elevado preço do ingresso há ainda o problema dos transportes. E outro fator que ajuda na segregação a cultura.

“Eu tenho que fazer esses rolês já preocupado com o horário de voltar para casa. Se ficar muito tarde, terei que recorrer ao Uber e lá se vão mais gastos”, denuncia Bruno, morador da periferia de São Paulo.

Em 2018, as entradas para o festival Lollapalooza Brasil chegaram a custar até 2 mil reais para todos os dias da atração. Outros eventos internacionais também cobram valores altos, como é o caso do show da banda inglesa Radiohead, que se apresenta no mês de abril em São Paulo. Os ingressos custam até 700 reais.

Por outro lado, preços menores têm atraído mais pessoas aos museus paulistanos. Entre 2014 e 2016, o Museu da Imagem e do Som (MIS), o MASP, o Instituto Tomie Ohtake e a Pinacoteca do Estado de São Paulo quebraram seus recordes de visitação.

A exposição Frida Kahlo, no Instituto Tomie Ohtake, teve 600 mil visitantes em 2016. Já a exposição Castelo Rá-Tim-Bum, no MIS, atraiu cerca de 410 mil pessoas entre 2014 e 2015. Os ingressos para cada uma delas custavam entre cinco reais e dez reais na bilheteria.

O grande problema das atividades culturais gratuitas é a divulgação, geralmente essas atividades são pouco ou nunca divulgadas, é frequentemente são divulgadas por canais alternativas, que também é  restrito ao publico popular.

Para agravar ainda mais a situação o governo do ex prefeito golpista de São Paulo, João Doria, cortou mais de 40% no orçamento de Cultura da cidade o que fez com que projetos culturais gratuitos que seriam levados para a população da periferia fossem extintos.

 

       

 

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