A atleta Carol Solberg, do voleiball vem sofrendo ameaças de represaria do Superior Tribunal Desportivo, após gritar FORA BOLSONARO em uma entrevista ao vivo após um jogo.
Um subprocurador abriu denúncia contra Carol fundamentado em um regulamento de vôlei no qual os jogadores são proibidos de se pronunciar sobre questões de “denigram” a liga de ou quaisquer envolvidos no patrocínio do jogo.
A ação abriu um grande debate e protestos em diversos setores. Só vem corroborar o aumento extraordinário da censura em várias áreas da vida social brasileira frente ao governo Bolsonaro. Diversos grupos que patrocinam os esportes no país têm ligações com tendências da extrema direita, ou mesmo com setores da antiga direita tradicional, que sustenta o governo e não tem interesse nenhum de ouvir manifestações antigoverno.
Os meios esportivos têm histórico de pouca politização e muito controle ideológico, porém vários atletas já se colocaram politicamente contra as desigualdades. Temos exemplos no país e no mundo desses atos, como a luta da democracia corinthiana pela democracia na ditadura militar, além das manifestações de atletas contra o genocídio dos negros norte-americanos. A própria torcida organizada do Corinthians lançou no meio do ano o começo de uma luta para derrubada do governo Boslonaro, que infelizmente foi cavalgada pelo psolista Guilherme Boulos.
O aumento de ações como a de Carol e de todos os esportistas que se colocam contra os absurdos da ditadura burguesa são de extrema importância, já que milhares de pessoas acompanham os esportes e terão nesse meio também a referência de luta contra o golpe em nosso país.
A ofensiva contra a atleta é no sentido de fazer dela um exemplo pelas alas reacionárias do esporte e intimidar os opositores de Bolsonaro, a direita vem vendo o aumento do repúdio ao governo Bolsonaro impedindo a estabilidade dele. As manifestações tendem a aumentar e chacoalhar o país constantemente, a exemplo do carnaval do ano passado e do esporte. Aumentemos a pressão.