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Qual a causa dos massacres e da violência?

Após dois atentados no final de semana que mataram 31 pessoas no Texas e em Ohio, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que a culpa é da “glorificação da violência”, propagada principalmente por jogos de video game. “Isso inclui os jogos eletrônicos macabros e horripilantes que agora são comuns. É muito fácil hoje jovens problemáticos imergirem em uma cultura que celebra a violência. Temos que parar ou reduzir substancialmente”, declarou.

Por sua vez, a imprensa burguesa utiliza esses ataques para ecoar a propaganda contra o direito democrático da população a se armar para se defender da opressão do Estado. Parte dela ataca os argumentos de Trump, dizendo que não há uma relação direta entre jogos eletrônicos ou problemas psíquicos com a violência.

Na verdade, de acordo com a própria imprensa burguesa norte-americana, os dois ataques foram motivados por questões racistas – o que, no fundo, significa que foram motivados por razões políticas. Eram supremacistas de extrema-direita. Fascistas. Os boatos ou mesmo informações difundidos servem apenas para encobrir a verdadeira causa desses ataques violentos e, em última instância, de toda a violência na sociedade: o regime capitalista em completa degeneração.

A violência é causada por problemas sociais. Os próprios problemas psicológicos, em grande parte, têm uma relação direta com as mazelas sofridas pelos indivíduos. A maior parte das pesquisas, inclusive burguesas, indica que os crimes, em geral, são cometidos por gente pobre, da classe trabalhadora ou marginalizados. São resultado da falta de condições e perspectivas de futuro para pessoas sem nenhum respaldo do Estado, exploradas em seu local de trabalho (isso, se não foram demitidas), com dificuldades ou impossibilitadas de adquirirem os meios básicos de sobrevivência, reprimidas pelas instituições estatais (como a polícia ou a Justiça).

Com o capitalismo em sua fase de total putrefação – isto é, o imperialismo, sistema dos monopólios que suprimem a livre-concorrência na economia e a democracia na política -, a crise é generalizada. Tanto na economia, como na política, quanto no âmbito social. A crise de 2008, que não foi superada, levou milhões de trabalhadores à pobreza, à miséria e à marginalização. O Estado cortou seus direitos econômicos e sociais para salvar os lucros dos capitalistas. O aumento dos massacres, da violência, dos atentados, é consequência direta disso. O mesmo ocorreu quando da crise de 1929, por exemplo, quando camadas inteiras da população tentaram fugir do desastre se suicidando ou aderindo a supostas soluções para seus conflitos, como o fascismo.

Por isso, mesmo os que não estejam, no momento, absolutamente oprimidos pelo regime capitalista, acabam sofrendo com as consequências e partem para soluções violentas. É o caso da pequena-burguesia que, vendo seus direitos sumirem cada vez mais, começa a ser jogada nas fileiras da classe operária – que, por sua vez, tornam-se, com a crise, fileiras de desempregados e marginalizados. Para tentar evitar esse destino, parcelas da classe média começam a atuar, manipuladas pela burguesia, contra a própria classe operária e camadas marginalizadas, absurdamente oprimidas, como os homossexuais, negros e imigrantes.

Acabar com jogos eletrônicos, impedir o armamento da população, internar cidadãos em clínicas psiquiátricas, jogar os pobres em verdadeiros campos de extermínio como são os presídios, não passam de soluções enganosas e artificiais utilizadas pelo Estado burguês para mascarar o caos social causado pelo sistema capitalista em decadência e reprimir ainda mais a população.

O aumento da violência, dos problemas profundos na sociedade, o agravamento da política de exploração neoliberal, o surgimento de novas guerras, nada mais é do que a consequência natural do capitalismo. Para combater esse cenário, é preciso que a classe operária entre em um movimento revolucionário – o que também é consequência natural do mesmo regime – e leve junto com ela nesse processo os demais setores sociais vitimados pela devastação econômica, política e social que representa o sistema capitalista dos dias atuais.

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